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Lisca critica futebol em meio a pandemia: “Não somos heróis”

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Nesta quarta-feira (3), as mortes por Covid-19 chegaram a 1840 óbitos. Dessa forma, pouco antes de sair os números, o técnico Lisca fez um desabafo pedindo que as autoridades olhasse com mais respeito tanto pelas vidas quanto pela continuação do futebol. A princípio, a fala aconteceu antes da vitória do América-MG diante do Athletic pelo Campeonato Mineiro.

“Eu não sei de parar campeonato. Agora, uma coisa eu tenho certeza. A Copa do Brasil nós vamos ter que repensar. São 80 times do Brasil inteiro, e nós não podemos botar 80 delegações dentro de avião, de aeroporto”.

Na sequência o técnico continuou e pediu o adiamento da Copa do Brasil. Por ora, é o Campeonato com maior número de times e consequentemente o também de viagens mais longas.

“Eu faço um apelo a CBF para dar um tempo nessa Copa do Brasil. Para que a gente adie um pouco esses jogos, né? Nós vamos jogar só no dia 18, talvez até lá. Mas, tem jogos já agora na próxima quarta-feira. E eu tenho certeza que meus colegas também estão preocupados. Eu sou pai de família, tenho duas filhas e uma esposa. Eu quero viver, gente. E ninguém sabe. Tem pessoas que pegam e morrem, tem pessoas que pegam e nada acontece, tem pessoas que são entubadas e agora você nem pode mais entubar. Eu vi ontem o procedimento de entubação. O que está acontecendo com o nosso país? Nós precisamos nos posicionar, precisamos lutar contra isso.”

APELO

“Nós precisamos nos vacinar. Precisamos crescer. Por favor, presidente (da CBF, Rogério) Caboclo. Tite, nós precisamos do seu posicionamento. Você é o treinador principal do país. Não deixe acontecer conosco isso, Tite. Pelo amor de Deus! Dá para dar uma segurada”.

Por fim, Lisca ainda lembrou de viagem recente ao Rio de Janeiro onde as pessoas não estavam “preocupadas“, com os cuidados essenciais que devemos ter contra a Covid-19.

Eu fui ao Rio de Janeiro passar sete dias há 20 dias atrás e ninguém usava máscara, ninguém cuidava de nada. Então, foi só um posicionamento para a gente ter cuidado. Para a gente avaliar primeiro a vida. Eu sei que futebol é entretenimento, é importante para as pessoas que estão em casa. Mas, mais importante que isso é a nossa vida. Nós somos pessoas normais também. Nós não somos super-heróis. Jogadores, treinadores, diretores, presidente.” Finalizou

Foto Destaque: Mourão Panda/América-MG

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