O Vasco levou à frente o
episódio de racismo sofrido pelos atletas Juninho e Alexander na quarta-feira
(19), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, no empate em 0 a 0 com o Oriente
Petrolero que garantiu a classificação na Copa Sul-Americana.
Segundo o diretor-executivo de futebol, André Mazzuco, o
clube enviou uma carta de repúdio à Conmebol e também contestou o cartão
amarelo dado ao zagueiro Ricardo Graça simplesmente por ele ter reclamado das
injúrias raciais com a arbitragem.
“Tomamos todas as medidas. Nosso gerente, o André
(Souza), no mesmo momento, contatou o delegado da partida, antes mesmo de
finalizar a súmula. E hoje nós enviamos um termo de contestação justamente para
reforçar a nossa posição e para contestar o cartão amarelo sofrido pelo nosso
atleta. A gente repudia veementemente”, declarou no desembarque da
delegação no Rio de Janeiro.
Mazzuco também comentou as declarações do delegado da partida
ao jornal O Globo, que minimizou o episódio e o considerou “pequeno”.
“Primeiro é importante frisar que é inadmissível ter uma medida de muito
ou pouco em caso de injúria racial. Isso não me entra na cabeça, falar que foi
muita ou pouco. Isso não existe. Para nós, o ato desrespeitou os nossos
atletas. É um problema social”, disse o dirigente vascaíno.
Os jogadores que sofreram diretamente as injúrias raciais
foram orientados a não dar entrevistas no desembarque do Vasco, mas o estafe do
volante Juninho se posicionou no Instagram. “Reforçamos aqui todo o nosso
apoio ao Juninho e esperamos sinceramente que a Conmebol tome medidas duras
para que fique de exemplo e ajude a impedir novos casos tristes como o de
ontem.”, escreveu.
Foto – Rafael Ribeiro / Vasco
Texto – Folhapress