A função de executivo de futebol requer conhecimentos específicos que venham abranger a diversos setores dentro de uma equipe de futebol. Quem quer ser um profissional da área precisa estar de forma constante em busca de conhecimento para se aprimorar cada vez mais na função. É o caso de Nagib Miguel Neto, que nos quase 40 anos dedicados ao esporte passou por diversas funções e ainda segue buscando aprimorar cada vez mais o seu já vasto conhecimento na área esportiva.
A história do executivo com o futebol começou a muito tempo, ainda na década de 80, nas categorias de base do Uberaba/MG entre os anos de 1985 e 87. Como jogador teve passagens por Batatais, Jalesense e Santa Fé do Sul, tendo recebido convite para jogar no Japão não foi por motivo familiar e foi realizar testes no Corinthians em 1990. Quando esteve no Parque São Jorge, sofreu uma ruptura do menisco direito e daí em diante decidiu não jogar mais profissionalmente. Passou a fixar residência em Ituverava-SP como servidor estadual de 90 a 2004. Em 1994 fez o Curso de Treinadores Profissionais pelo SITREPESP com Olten Ayres de Abreu, José de Souza Teixeira, Nelsinho Baptista, na turma estavam Tião e Jacenir (Ex-Corinthians), Roberto Rojas, Renato (Ex-São Paulo e Guarani), portanto nunca abandonou o futebol. Em 1996 formou-se em Direito. É advogado militante na Comarca e Jornalista Esportivo desde 1996 no Jornal “O Progresso de Ituverava”, escrevendo semanalmente quatro páginas esportivas e com passagem pelo “Jornal Tribuna de Ituverava”.
Passou em concurso público municipal como Auditor Fiscal e desde 2006 exerce a função pública na Prefeitura Municipal de Ituverava. Durante 8 anos comandou garotos pela Escola de Futebol do Cruzeiro Esporte Clube, Olé Brasil Futebol Clube e Botafogo Futebol Clube tendo conquistado o hexacampeonato sul-americano em Águas de Lindóia-SP em 2009, 2010, 2011, 2012, 2014 e 2015.
Nagib Miguel Neto, que quando jogador era conhecido com “Pancho” ainda teve fôlego para seguir no futebol se tornando um executivo filiado a ABEX. “O esporte é a minha vida, me sinto feliz quando olho para trás e vi que já fiz muita coisa e ainda posso fazer mais. Por isso parti para me tornar executivo de futebol que de uma gestão moderna é considerado como peça essencial para o sucesso de uma equipe, sendo ele o responsável por executar os projetos formulados pelos dirigentes”, afirma.
De acordo com Nagib Miguel Neto, o cargo de executivo é na verdade uma posição estratégica dentro processo do futebol. “A gente precisa conhecer o clube por todos os lados para poder fazer nosso trabalho e na verdade além deste conhecimento, precisamos aliar isso com os nossos conhecimentos específicos não só de gestão esportiva, mas de Direito, de Comunicação para que desta mistura possam ser produzidas ideias e ações determinantes para o trabalho, que dentro de uma agremiação é estratégico por conta disso”, explica.
O CONTEXTO
Nagib Miguel acredita que o conhecimento é grande arma do executivo para o trabalho a ser desenvolvido no clube. “Hoje o que defendemos através da ABEX é justamente a presença de profissionais qualificados que não são meros ‘contratadores’, justamente por terem noção ou conhecimento de regulamentos, direito desportivo, contratos, regras e outros importantes pontos”, pondera. “Tem que estar atuante em toda área de registro, regulamentos e estamos vendo clubes sofrendo, principalmente esse ano, com a escalação de jogadores irregulares. Uma dificuldade que, certamente, um executivo de futebol que está preparado, sabe todas as regras, ajudaria muito”, completa.
O dirigente alerta para esta situação, pois a figura do executivo ainda é rotulada como sendo um profissional que contrata e dispensa dentro de um time de futebol. “A finalidade não é essa. Se algum dia alguém achou que tinha esse poder, se enganou. A contratação envolve uma série de setores do clube e isso não é no Brasil. É no mundo. Aqui ficou com esse rótulo. E é isso que queremos mudar porque somos apenas mais uma peça nessa grande engrenagem chamada futebol”, diz.
Para o executivo, quanto mais profissionais qualificados atuando nos clubes, maiores serão as possibilidades de um futebol brasileiro mais organizado no futuro. “Claro que clubes, através dos seus dirigentes estatutários devem ter a liberdade para buscarem no mercado o executivo que preencha os requisitos estabelecidos. É um passo, porém isso já vem a ser uma sequência de um projeto que já deve ter sido pensado e o profissional vai agregar valores ajustar o que precisar para que o planejamento na prática funcione”, observa Nagib Miguel.
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