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Ídolo do Flu de Feira nos anos 80, Dito faz campanha para voltar a trabalhar

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O torcedor mais antigo do Fluminense de Feira deve lembrar da década de 80, quando um pequenino ponta direita infernizava a vida dos adversários com jogadas de alta velocidade e dribles desconcertantes: o baixinho Dito, que tantas alegrias deu ao Touro do Sertão hoje empreende uma luta para sobreviver. Busca angariar cerca de R$ 16 mil para adquirir um trailer para que possa vender lanches e assim sustentar a sua família. Amigos e ex-atletas deflagaram uma campanha através das redes socais para um dos emblemáticos atletas que vestiu a camisa 7 do tricolor feirense.

Dito começou nas divisões de base do Fluminense de Feira no início dos anos 80, sendo contemporâneo de atletas que marcaram época no Touro do Sertão como Zelito, Itamar, Hugo, Tanta, Ubiraci, Nildo, Escurinho, Junior Potiguar dentre outros craques de grande lembrança dos torcedores.

Conhecido pelo apelido de “Carrapeta”, Dito foi um ponta direita clássico, o antigo camisa 7 que jogava na extremidade do campo, acionado pelo lateral ou por um dos meias para correr, driblar adversários e colocar o centroavante em condições de fazer o gol. Ele fez isto com muita competência, tendo atuado por mais de uma década no Touro do Sertão

O apelido “Carrapeta”, provavelmente lançado pelo narrador Itajay Pedra Branca, tem a ver com a capacidade de driblar (um  verdadeiro representante do conceito Garrincha de jogar  futebol) do “ponteiro” Dito. Elétrico, ele botou para “bailar” inúmeros laterais, levando a torcida à loucura nas arquibancadas do Joia da Princesa Mesmo com tanta habilidade, Dito é de uma época onde o jogador de futebol não era tão valorizado e assim como muitos outros atletas, depois que “pendurou as chuteiras”, ele ainda seguiu ralando muito para sustentar a família.

Aos 56 anos, Dito se encontra desempregado e luta para comprar um trailer para que volte a trabalhar. Sem alternativas, ele através das redes sociais expôs a sua situação e confirmou estar passando extremas dificuldades para sobreviver. Um amigo de Dito, Jô Pinho, iniciou a campanha que está ganhando corpo nas redes sociais, a ponto de  ex-jogadores de expressão, como o goleiro Ronaldo Passos e o lateral-esquerdo Paulo Robson, ambos campeões brasileiros pelo Bahia, participarem da campanha com  mensagens reforçando o pedido de ajuda. “Dignidade”, diz o lateral, que enfrentou Dito várias vezes e pôde conhecer de perto o talento do ponta-direita, bem como a sua postura ética e respeitosa dentro de campo. “Vamos ajudar o companheiro. Joguei contra. Um homem íntegro. É fantástica (a campanha). Com certeza vai dar certo, para que o nosso Dito possa melhorar sua vida”, apela Ronaldo, que também foi ídolo do Vitória.

O jornalista Valdomiro Silva, colega de Dito nos juniores do Flu, em 1982, vai fazer sua doação. “Fui reserva dele. Conseguiu profissionalizar-se e fazer uma bela carreira. Eu seria o seu substituto natural, mas sofri uma grave lesão de joelho, não consegui tratamento e fiquei no meio do caminho”. Ele lembra que  Dito era um “velocista incomum, além de um extraordinário driblador”. Fazia a verdadeira “alegria do futebol”.

O apelo está lançado nas redes sociais, buscando sensibilizar os feirenses a contribuir com o antigo ídolo da nação tricolor. Doações de qualquer valor podem ser feitas pelo pix CPF 37984578591 (em nome de Dilton da Silva Ribeiro , nome oficial do ex-atleta). A luta é pela arrecadação de 16 mil reais, valor necessário à compra do equipamento de trabalho.

Por Cristiano Alves com informações de Valdomiro Silva

Foto – Divulgação

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