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Projetos esportivos podem ser um verdadeiro tiro no escuro

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NA SEMANA PASSADA – Eu disse que os projetos atrelados podem ser a salvação do futebol baiano e ainda citei os exemplos do Olímpia, Unirb, Doce Mel e Canaã. No entanto é preciso ter algumas noções do que se pretende com estes projetos, mesmo porque dinheiro está difícil e ninguém pode estar desperdiçando, sem que haja um planejamento, um norte para se seguir. É melhor ir devagar com o andor que o santo é de barro.
NÃO É SOMENTE – Ter dinheiro, mas também ter a estrutura física necessária para fazer o projeto acontecer. Se você tem um projeto independente sem atrelamento político, as chances dar certo são grandes desde que nenhuma etapa seja queimada, como é o caso do Bahia de Feira, que a tendência é crescer mais e mais em virtude dos seus objetivos, das suas condições próprias.
POR OUTRO LADO – Quando vejo a notícia de Ilhéus pode ter três clubes na Série B do Baiano – Barcelona, Colo-Colo e ACEJA – eu me pergunto: pra que isso? Não era melhor os ilheenses se unirem em torno de um só clube para coloca-lo na elite baiana? A divisão de forças não leva a nada e isso já está provado aqui na Bahia. Cadê o Juazeiro? Cadê o Serrano? Sucumbiram. E isso pode acontecer em Ilhéus, caso não ocorra a união das forças.
MESMO PORQUE – Em algumas cidades baianas que tiveram dois clubes, a estrutura é complicada para treinamento, para concentração, para fazer um trabalho de base. Juazeiro mesmo só tem o Adauto Moraes para jogos e treinamentos. E aí? Como é que faz esporte assim? Os projetos eles devem englobar tudo, inclusive a comunidade e os poderes públicos. Se não houver uma consolidação estrutural, teremos mais uma bateria de clubes efêmeros, que em pouco tempo sumirão do mapa.
QUEM QUER – Entrar no ramo esportivo, precisa além de ter projetos, agregar o apoio da comunidade em todos os seus seguimentos. Que os clubes de futebol precisam caminhar com as próprias pernas é verdade, sim, mas a caminhada se torna melhor quando tem uma cidade, uma região que encampa as ideias e junto com os representantes dos clubes para a consolidação dos projetos.
O CERTO – É que os projetos sejam feitos e devidamente compartilhados porque do contrário vamos ver sempre dirigentes “atirando no escuro” para ver se acerta na mosca. Ou os projetos já nascem com alguma estrutura, em condições de caminhar, ou infelizmente estão fadados ao fracasso, como o que já aconteceu com muitos clubes. Quem por um acaso lembra do Ipitanga? Quem lembra do Palmeiras/NE? São exemplos de projetos que nasceram, mas que não foram a frente.

Até a próxima.

Por Cristiano Alves

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