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Thiago Souza: “temos um histórico recente importante e por isso precisamos analisar bem quem vai assumir e o tipo de negócio a ser feito com o clube”
Após o rebaixamento para a 2ª divisão do Campeonato Baiano, o Bahia de Feira está se organizado para dar sequência à sua trajetória e o futuro imediato, que por enquanto segue indefinido. O presidente do Tremendão disse que está aberto à conversas que levem à definição do futuro time, porém garante que a negociação para que outro grupo assuma o controle da equipe não está sendo encarada como uma “sangria desatada”.
Nos últimos dias têm sido aventadas especulações sobre o time ser vendido, ou mesmo transformado em uma SAF, porém o presidente Thiago Souza disse que ainda não há nada de concreto com relação a uma possível negociação do Bahia de Feira. “Estamos abertos a uma negociação, mas por enquanto não existe nada além de sondagens. Vamos aguardar porque para que realmente aconteça alguma negociação é necessário se ter uma proposta de uma pessoa, ou um grupo de pessoas assumissem o controle do clube. Daí vem questões do tipo: é SAF, ou um comodato? O grupo faria um pacote completo ficando com a marca e toda a estrutura ou não? São questões que precisam ser primeiro propostas e posteriormente analisadas para a partir daí se estabelecer um diálogo e uma negociação”, afirmou.
Nesse contexto, com a real possibilidade do Bahia de Feira participar da Série D, na desistência do Itabuna, o dirigente acredita que podem as conversas com pretensos candidatos a controlarem o clube, serem aceleradas. “Não há dúvidas com relação a isso de que podem atrair interesse de investidores, mas digo que ainda possa um pouco complicado porque são menos de 60 dias para se montar um planejamento de trabalho. No entanto o futebol é dinâmico e de repente pode aparecer um grupo que esteja interessado em assumir o comando do clube”, declarou.
Thiago Souza afirmou categoricamente que esta seria a única possibilidade do Bahia de Feira participar da Série D. “Se depender do nosso comando, clube não participa porque como já foi dito outras vezes por mim mesmo e pelo meu pai (Jodilton Souza), não há condições emocionais da gente seguir no futebol, estamos desgastados e precisamos dar este tempo a nós mesmos para cuidarmos dos nossos outros empreendimentos”, declarou
ASPECTOS
O presidente Thiago Souza enumerou aspectos que foram determinantes para a decisão de não seguir no futebol. “Tem os pormenores, que não vêm ao caso, mas três grandes acontecimentos foram cruciais nessa decisão: a morte de Deon (atacante que faleceu de infarto fulminante durante treinamento do Tremendão no ano passado), que mexeu demais com o emocional de todos; depois o não acesso para a Série C já que chegamos entre os oito melhores times e tínhamos condições de chegar e por fim essa queda para 2ª divisão que foi terrível”, comentou
Mesmo com a saída do futebol, Thiago Souza diz que o Bahia de Feira deve seguir a sua vida. “A história recente do clube é o maior cartaz disso: quantas participações em Copa do Brasil? Série D? Nós temos o título baiano de 2011, demos uma estrutura que nunca foi imaginada para o Bahia de Feira. São coisas que nunca serão apagadas e isso aumenta a responsabilidade de quem assumir o clube porque vai pegar uma agremiação com este histórico recente, com um nome complemente limpo, sem problemas administrativos ou financeiros”, destacou. “Por isso é que precisamos fazer as coisas com calma: ver quem são os interessados, os projetos, a idoneidade, os objetivos, mesmo porque a negociação não deve ser encarada como uma ‘sangria desatada’ e sim como a continuidade desta história, agora sob um novo comando”, completou.
Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento