Um grupo de sócios do Barcelona deu, na última quinta-feira (16), o primeiro passo que pode resultar na destituição da atual diretoria do clube. Ele reuniu mais de 20 mil assinaturas para a abertura de um processo de moção de censura. A quantidade é acima do necessário, e o clube confirmou que cumprirá o estatuto e dará início aos trâmites.
O grupo começou a reunir os votos no dia em que Lionel Messi enviou um pedido oficial ao Barcelona para deixar o time. O estatuto do Barça prevê que são necessárias as assinaturas de 15% do colégio eleitoral do clube, que no momento correspondem a 16.520 sócios. Foram colhidas 20.731 após ampla campanha nas redes sociais. O diretor financeiro da equipe catalã, Jordi Moix, comentou sobre o processo.– Tenho máximo respeito a esses sócios e sócias que tiveram essa iniciativa. É um processo complexo e trabalhoso. Devido à importância desse mecanismo, teremos o máximo rigor em seguir o que os nossos estatutos contemplam em todo o procedimento. Uma vez concluída a recontagem das papéis, teremos 10 para a constituição da Mesa e depois mais 10 dias para avaliação – declarou, em entrevista à “Barça TV”.
Uma vez que o Barcelona valide os votos, será formada uma Mesa do Voto de Censura composta pelos dois primeiros sócios que assinaram a moção, dois membros designados pelo clube e, como presidente, um delegado da Federação Catalã de Futebol.
Se a Mesa aprovar o voto de censura, haverá um referendo com os sócios votantes do clube em um prazo de no máximo 20 dias úteis. Caso dois terços dos votantes optem pela moção, a diretoria do Barcelona será destituída, e novas eleições são convocadas.
O atual mandato de Josep Maria Bartomeu vai até junho de 2021. Diante da crise, o próprio presidente antecipou as eleições para março do ano que vem. O dirigente não se manifestou sobre o processo iniciado pelos sócios do clube.
Foto – Globo Esporte
