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Conselheiro tenta entendimento para mudar a fórmula da Segundona

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Com o ano de 2021 se afunilando começam as movimentações de bastidores e alguns pleitos voltam à tona como, por exemplo, mudanças na fórmula de disputa da 2ª divisão do Campeonato Baiano. O principal pleito é o de que a competição volte a contar com mais equipes ascendendo a elite, que não acontece desde 2015, quando na oportunidade Flamengo de Guanambi e Fluminense chegaram a 1ª divisão (foto). Desde então somente um time cai da 1ª para a 2ª divisão e um sobe da 2ª para a 1ª.  

Com o “gargalo” apertado, 2ª divisão passou por um processo de açodamento: redução de clubes participantes e os investimentos ficaram cada vez mais escassos. Nem mesmo alguns incentivos por parte da Federação Bahiana foram o suficiente para motivar as equipes e com a pandemia, a situação se complicou ainda mais. Mesmo assim já a pelo menos dois anos, o presidente da FBF, Ricardo Lima tenta modificar a situação, porém os clubes principalmente da 1ª divisão se mostram resistentes e preferem manter o modelo de cair um e subir um.

Equipes de potencial que poderiam estar disputando como o Jequié, o Itabuna, Juazeiro, Flamengo de Guanambi e mais recentes, Jacobina e Canaã deixaram de participar por conta desse modelo de competição. Mas a discussão volta a tona através do ex-presidente e conselheiro do Fluminense, Zé Chico, que pessoalmente está mantendo entendimentos com outros dirigentes para que no próximo arbitral do Campeonato Baiano, o quadro possa mudar.

Dirigente do Fluminense, na disputa da 2ª divisão em 2015, Zé Chico lembra o quanto foi difícil alcançar o objetivo de subir o Fluminense. “Foi complicado, muitas dificuldades financeiras mas ainda sim tínhamos uma competição motivada com a subida de dois times e agora tá mais difícil ainda porque para chegar tem que ganhar. Imagine isso? Imagina você montar uma estrutura e por infelicidade do futebol não chegar? Esse modelo só existe na Bahia e isso processa acabar”, alerta.

ATRAÇÃO

Para Zé Chico (foto) a mudança de formato poderia até tornar a competição mais atrativa. “Do jeito que a coisa está é o mesmo que se atirar no escuro, ou seja, não se tem certeza de nada. Se com duas vagas é difícil, imagina só com uma? Estou sugerindo que por exemplo subam três times e caia um e se tenha uma Série A com 12 times em 2023. Por que não? Se divide em duas chaves, se equaciona as datas, o que não pode é o futebol continuar nesse marasmo”, declarou.

O conselheiro do Fluminense confirmou ter começado a tratar da questão com alguns dirigentes de outros clubes com quem tem relacionamento. “Já conversei com Roberto Carlos (Juazeirense), Leur Lomanto (Jequié), Rafael Damasceno (Jacobina), mantive contato com o próprio presidente da FBF, Ricardo Lima, no sentido de que as pessoas precisam entender que o nosso futebol precisa se fortalecer. A 2ª divisão forte é sinônimo de mais investimentos, a geração de mais empregos diretos e indiretos e da forma como está realmente a tendência é o futebol da Bahia se enfraquecer cada vez mais”, ressaltou Zé Chico. “Como hoje boa parte dos clubes são produtos de projetos esportivos, acredito que não é interessante um futebol fraco para se desenvolver projetos, atrair investidores, criar receitas, enfim. Acho que todos deveriam se unir e ver o que é melhor para o coletivo, para o futebol da Bahia cada vez mais forte”, completou.

Por Cristiano Alves com Informações de Miro Nasicmento

Foto – Danilo Freitas – Acorda Cidade

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