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Para presidente da FBF instabilidade contribuiu para rebaixamento do Fluminense

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O rebaixamento do Fluminense para a 2ª divisão do Campeonato Baiano ainda é uma situação que está causando grande repercussão no futebol baiano. Para o presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ricardo Lima, a queda tem muito a ver com as trocas de comando no tricolor feirense nos últimos dois anos.

De acordo com o dirigente a alternância prejudicou o processo organizacional da equipe. “A mim não cabe entrar em querelas políticas do tipo ‘quem tá certo’ ou ‘quem tá errado’. Temos ver a coisa de outro modo do tipo, os impactos negativos que isso traz para a segunda maior cidade da Bahia. Hoje se tem o Bahia de Feira com um projeto sólido e por outro lado o Fluminense se perde em meio a disputas que em nada contribuem para o processo futebol”, argumenta Ricardo Lima. “Diante dos desmandos, realmente a situação se complicou demais e o rebaixamento foi uma consequência. Lamentamos muito pela grandeza que é o clube, a sua história, sua torcida e esperamos que as pessoas em Feira de Santana se conscientizem da importância que é o Fluminense e possam traçar planos de que a equipe volte com mais solidez do que antes”, complementou.

Assim como o Fluminense, outros 15 clubes hoje estão fora da elite estadual que vem mantendo um formato de composição de 10 clubes e pelo menos por enquanto, não existe a possibilidade de mudanças. “Temos um calendário achatado e todos estão vendo o malabarismo que estamos fazendo para que o Campeonato Baiano aconteça. Ter 12 equipes até que seria interessante, porém, nas condições de agora é inviável. É uma questão que mesmo diante dessa dificuldade não se pode perder de vista e precisa ser melhor discutida”, disse Ricardo Lima.  

FORTALECIMENTO

Uma das ideias do presidente da FBF é que a Série B possa ser fortalecida com a ascensão de mais uma equipe. Atualmente apenas o campeão acessa a elite e um é rebaixado para a Série B. Até 2017 funcionava no formato de subirem dois e descerem dois, porém a equipes optaram por mudar o critério a partir de 2018. “É uma situação a qual já tem um tempo que pessoalmente luto para mudar porque entendo que o mais justo é o critério que estava sendo utilizado antes. O fato é que quando se passou a esse critério atual, muitos clubes desistiram de disputar a Série B por conta disso. Imagine, investir e no final das contas não ser o campeão? Quem arrisca a fazer investimentos dessa forma? É uma situação por demais complicada”, se posiciona Ricardo Lima.

A forma encontrada pelo presidente da FBF é a conscientização dos dirigentes no sentido de se pensar o futebol num todo. “A dois anos lançamos a ideia de voltar com o antigo critério e posto em votação: tomamos uma goleada de 10 x 0. No ano passado o placar caiu para 7 x 3, o que significa que a mentalidade dos dirigentes se abra mais e possamos num futuro próximo ter equilíbrio nas duas séries estaduais, pois a exemplo da Série A, na Série B tem clubes que estão se projetando, outros são oriundos de projetos, o que significa dizer que o futebol é atrativo. O que precisa de projetos sólidos”, declarou Ricardo Lima.

Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento

Foto – Carlos Humberto – Agência CH

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