Descer da cama com o pé direito. Depois não passar debaixo de escada. Qual sua superstição no dia a dia? E numa sexta-feira, 13, como hoje? No esporte, grandes atletas também têm seus hábitos, manias e rituais. Alguns mais exóticos do que outros. Ao menos, para eles, o importante é no final ter a sorte da vitória.
Rafael Nadal
O espanhol sempre posiciona as garrafas de água alinhadas simetricamente no chão antes de partir para o aquecimento. Durante a partida, no saque, passa a mão no cabelo, tira o suor da testa e ajeita a cueca (o que também faz enquanto aguarda o saque do adversário). Nas trocas de lado da partida, sempre evita pisar nas linhas enquanto se desloca. Pode parecer maluquice, mas dá mais do que certo: com as manias, Nadal já soma 20 títulos de Grand Slam. E contando…
Michael Jordan
O fenômeno do basquete, dono de seis títulos da NBA com o Chicago Bulls e duas medalhas olímpicas de ouro, sempre jogava com uma bermuda da Universidade da Carolina do Norte (onde estudou) por baixo de seu uniforme dos Bulls. Ele ainda lançou moda na liga com os grandes shorts que usava para cobrir o de North Carolina.
Gustavo Kuerten
Nosso eterno tricampeão de Roland Garros também tinha uma mandinga a seguir quando começava bem um torneio. Se embalava uma vitória, Guga repetia sempre o mesmo restaurante para manter a maré favorável. Até aí tudo bem, muitos usam o expediente da repetição como bom presságio. Mas o tenista brasileiro ia além. Guga repetia o mesmo prato enquanto não era batido! Ou seja, nas vezes que avançou para as finais de Roland Garros, foram duas semanas comendo a mesmíssima coisa.
Cesar Cielo
Único campeão olímpico da natação brasileira, o paulista se notabilizou por sua velocidade na água e pelas manias à beira dela. Desde os tempos que defendia a Universidade de Auburn, nos EUA, Cielo passou a desferir tapas em seu peito antes do início das provas. A mania, que de início causou estranheza, pegou e acabou por se tornar uma espécie de ritual na natação brasileira.
Tiger Woods
O golfista tem mania de vestir sempre vermelho nos domingos quando está em algum torneio. Pode parecer uma superstição tola, mas há uma explicação plausível. Vermelho é símbolo de boa fortuna na Tailândia, terra natal da mãe de Tiger.
Serena Williams
A lendária tenista norte-americana também tem suas superstições como armas para erguer troféus. Serena costuma amarrar o tênis de uma maneira pouco ortodoxa, que desenvolveu quando era jovem. Além disso, sempre bate a bolinha cinco vezes antes de sacar. E quer saber a mais bizarra de todas as ideias? Ela leva sandálias de banho para a quadra, sob alegação de que dão sorte.
Zé Roberto Guimarães
O treinador é o único brasileiro a ter três títulos olímpicos na carreira (1992, 2008 e 2012). Em Barcelona, ele encontrou um garçom corcunda e tocou nas costas dele antes de ganhar a medalha de ouro com a seleção masculina. Vinte anos depois, na campanha em Londres, encontrou outro homem corcunda e achou que era um sinal; quis tocar as costas do homem e o fez. Resultado? Medalha de ouro. Zé conta e reconta a história aos risos, mas acha que os episódios deram sorte. Além disso, o treinador proíbe que qualquer familiar use preto em dias de jogos importantes.
Hugo Hoyama
Um dos mais icônicos atletas de tênis de mesa da história do Brasil, Hugo Hoyama usou de suas superstições para conquistar a décima medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, em 2011, na cidade mexicana de Guadalajara. O amuleto da sorte? Cuecas do Palmeiras. Palmeirense fanático, o mesa-tenista levou ao México cinco cuecas verdes e cinco brancas com o símbolo do Palmeiras para usar durante os jogos. Deu certo. Além dos 10 ouros, ele tem uma prata e quatro bronzes.
Giba
Virou uma rotina: ganhar título e usar o bigode. Se tinha decisão, reta final de competição, Giba mudava o visual para dar sorte. O bigode, às vezes com cavanhaque, virou marca do vôlei campeão. E tudo começou nas Olimpíada de Atenas, em 2004, quando a medalha de ouro veio junto com o bigodão, em homenagem ao pai.
Jason Terry
Jason Terry, campeão da NBA pelo Dallas Mavericks em 2011, tinha rituais bastante estranhos. Na noite anterior a um jogo, ele usava um calção de seu futuro oponente para dormir. E se convenceu que a superstição dava certo depois de 2006. Durante a série final contra Miami, ele não conseguiu os shorts do Heat. E Dallas foi derrotado. Cinco anos depois, a zica se resolveu. Terry também usava cinco pares de meias enquanto estava na quadra, todas puxadas até os joelhos, uma homenagem ao pai.
Goran Ivanisevic
Goran Ivanisevic tinha muitas peculiaridades enquanto estava na quadra. Ele nunca era a primeira pessoa a se levantar da cadeira durante uma mudança de lado e, mesmo durante o jogo, tentaria nunca pisar em uma linha. E, fora da quadra, ele repetiria exatamente a mesma rotina (falar com as mesmas pessoas, comer a mesma comida etc.) se ganhasse uma partida no dia anterior.
Paula Pequeno
Eleita melhor jogadora do título olímpico do Brasil em Pequim 2008, Paula Pequeno contou que desde a partida contra a Rússia, nas quartas de final, usou os mesmos shorts, top, blusa, e até a mesma calcinha até a decisão. E o ouro veio.
Zagallo
Bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996, como treinador, Mário Jorge Lobo Zagallo é a sintese do supersticioso. E o principal e mais conhecido apego dele é pelo número 13. Tudo começou com sua mulher, devota de Santo Antônio, que se celebra em 13 de junho. E ele mesmo sempre prova a sorte que o número traz por meio das contas: foi campeão do mundo como jogador em 58: 5 + 8 = 13. Depois foi tetracampeão como auxiliar técnico em 94: 9 + 4 = 13.
Fonte: GE | Foto: Lucas Figueiredo/CBF