A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) afirmou nesta quarta-feira que não apoia a realização de uma Copa do Mundo a cada dois anos, como a Fifa se propõe a realizar a partir de 2023.
Em um comunicado divulgado pela entidade que dirige o futebol sul-americano, os dez países membros do Conselho, reunidos em Luque, no Paraguai, “confirmam que não participarão de uma Copa do Mundo organizada a cada dois anos”. “Não há motivos, benefícios ou justificativas para a mudança promovida pela Fifa”, argumenta o comunicado da Conmebol
Segundo o comunicado, o projeto defendido pela Fifa “vira as costas a quase 100 anos de tradição do futebol mundial, ignorando a história de um dos eventos esportivos mais importantes do planeta”. A Conmebol “apoia a Copa do Mundo atualmente em vigor, com seus termos e sistemas de classificação, porque tem se mostrado um modelo de sucesso, baseado na excelência esportiva e que premia esforço, talento e trabalho planejado”, conclui o texto.
No último mês, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, percorreu diversos países da América Latina, defendendo sua proposta, em vários fóruns, a realização de uma Copa do Mundo a cada dois anos.
Na opinião do dirigente, a medida geraria “mais competição de alto nível, mais esperança e empolgação e mais possibilidade para o mundo também organizar uma Copa do Mundo”. “Senão, antes que uma Copa do Mundo volte a um continente, 24 anos se passam se quisermos fazer um verdadeiro rodízio, e 24 anos é mais que uma geração de pessoas”, argumentou o presidente da Fifa durante sua visita à Argentina, para quem em nos últimos anos “muito se tem falado sobre os clubes” e “a seleção nacional nunca é posta em causa.
A primeira Copa do Mundo da história foi realizada em 1930, no Uruguai. A competição só foi interrompida duas vezes, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, então de 1938 foi passada para 1950. Em 2022, a 22ª edição do Mundial será disputada no Catar, com a participação de 32 seleções, que será ampliada para 48 em 2026, quando será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. EFE.
Fonte: UOL / Foto:divulgação