OBRIGADO – Ao amigo e confrade Miro Nascimento, que abre espaço no site Diplomata News para que eu volte a escrever esta coluna que durante muito tempo fez parte de jornais como o Folha do Estado e a Tribuna Feirense. Foram dois anos de um hiato sem escrever, porém a proposta inovadora me encantou e aqui estou eu em busca da renovação e da inovação, necessárias para que possamos seguir a vida.
ESTE PENSAMENTO – Também deveria se aplicar no esporte amador em Feira de Santana, que tem um grande potencial, mas que a forma como as coisas são conduzidas fazem com os seguimentos esportivos não tenham algo importantíssimo para a sua consolidação: um trabalho a médio e longo prazo, no sentido de que houvesse uma sequência e a real motivação para as práticas esportivas de fato aconteçam na cidade.
O QUE SE VÊ – São as mesmas práticas repetidas ano após ano, ou seja, nada muda e mesmo com a existência de um calendário básico de atividades esportivas, os seguimentos persistem em atuar de forma solta e de acordo com as suas conveniências. Existe o ProCultura Esporte, mas e o trabalho a longo prazo, onde fica?
COM A FALTA – Dos clubes sociais que no passado serviram de sustentação para muitas modalidades, a situação se complicou porque os poucos trabalhos existentes são isolados e pouco divulgados. O que prevalece é a “Lei de Murici”, cada um por si e o que vale é o Q.I, o conhecimento para se conseguir apoio para a realização de campeonatos, ou para viagens onde se representa a cidade em competições estaduais e interestaduais.
A VERDADE – É que o nosso cobertor é curto: se cobrimos a cabeça, deixamos os pés descobertos e vice-versa. Ora, para que criar uma Secretaria de Esportes, se as modalidades não se organizam? A pasta seria uma consequência dessa organização, mas da forma em que se encontra o esporte, no meu entender, a secretaria seria uma perda de tempo diante da falta de visão organizacional dos representes dos seguimentos esportivos.
PARA QUE A COISA – Realmente mude de figura é necessária a conscientização dos seguimentos, através dos seus representantes e da própria classe política, que ainda dá pouco valor ao esporte. Uma prova disso é que nessa legislatura, aconteceu apenas uma audiência na Câmara de Vereadores para se debater o esporte. E no que resultou? Nada vezes nada!!! Eu mesmo, como jornalista, nem me disponho mais a acompanhar essas discussões porque não dão em nada e só acontecem de acordo com as conveniências, inclusive dos políticos.
AINDA NESSE ASPECTO – Se questionados sobre o tema, os governantes municipais responderão alardeando as obras feitas como construção de campos, quadras, ginásios e outros equipamentos. Mas e as ideias? Os projetos? Mais importante do que tudo isso é possibilidade de se utilizar os equipamentos com trabalhos a longo prazo para que principalmente as crianças e os jovens pratiquem esportes de forma continuada e não apenas por um período que perdurar uma competição organizada pelo Município ou não.
VAMOS ACABAR – Com o comodismo e discutir o esporte, principalmente conscientizando as pessoas de que para se ter de fato políticas públicas definidas é necessária a discussão, o debate, não uma mas quantas vezes for preciso para que aconteça um crescimento conjunto das modalidades. Aí sim, vamos ter um esporte organizado com condições de não só trazer conquistas, mas de oferecer aos jovens a possibilidade de ter algo diferente em suas vidas.
Até a próxima.
Por Cristiano Alves
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