Mais uma vez, Bruno Fernandes, goleiro preso por participação no sequestro e assassinato de Eliza Samudio, está próximo de voltar ao mundo do futebol.
Negociando com o Tupi de Juiz de Fora, o atleta parece perto de fechar com o Fluminense de Feira. E nessa situação, Bruno desabafou ao O Tempo sobre sua situação:
“Preciso sustentar minha família e ainda pago pensão. Como vou fazer se não voltar a trabalhar? Quem vai pagar minhas contas? Quem vai colocar comida na minha mesa? Como vou fazer pra sustentar minha família? Então tenho que trabalhar. E a própria sociedade cobra isso (trabalho) dos presos. Por que comigo as coisas são diferentes? Só quero trabalhar”.
Para reforçar seu argumento, o atleta usou casos de outras personalidades que cometeram crimes e tiveram a permissão da justiça para voltar ao trabalho: “O Jobson teve um problema sério com a Justiça e teve autorização de voltar a trabalhar, assim como cantor Belo e outros tantos famosos no Brasil. Meu caso não é diferente”.
O atacante ex-Botafogo foi suspenso do futebol por conta de doping e preso preventivamente por acusação de estupro de vulneráveis e novamente por não seguir obrigatoriedades com a tornozeleira eletrônica. Já o cantor foi preso por associação ao tráfico de drogas.
O presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, concorda com o atleta: “Acho que é um grande atleta, independentemente de estar parado, o que parece não estar, pelas fotos que me mandou e tudo. Agregaria muito para o grupo. Acho que ele está cumprindo as obrigações dele com a Justiça. Se ele pode trabalhar, não vejo por que não. Encaro como algo normal, temos até que fazer isso mais dentro da nossa sociedade, que é dar oportunidade das pessoas se recuperarem na vida, e o trabalho é importante nessa recuperação.”
O goleiro espera o recesso judiciário para, junto ao clube, apresentar um pedido de trabalho externo no Fórum de Varginha, cidade na qual Bruno cumpre sua pena no regime semiaberto. O mesmo processo aconteceu feito quando assinou com o Poços de Caldas FC.
Fonte: ESPN | Foto: Renata Caldeira/TJMG