No discurso, de prestação de contas e avaliação de gestão, Ednaldo Rodrigues enumerou resultados e ações e agradeceu o apoio dos presidentes das 27 federações filiadas e dos dirigentes de clubes e ligas amadoras. Na cerimônia, ele fez também uma deferência especial ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, pelo apoio constante nos momentos mais difíceis da transição recente pela qual passou a CBF.
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi também elogiado pelo presidente da CBF pelo direcionamento de recursos para projetos de fomento do futebol no Brasil.
Outro indicador do novo modelo de gestão ressaltado por Ednaldo é uma das marcas de sua administração: o combate ao racismo e à intolerância. “Pela primeira vez na história, a CBF assumiu a sua responsabilidade no enfrentamento do racismo e da violência no futebol, concretizando o compromisso firmado em março (de 2022) no manifesto assinado por federações e clubes (quando da realização do I Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, em que foi instituído um grupo de trabalho reunindo mais de 30 entidades do setor público)”, lembrou.
A CBF é a primeira entidade do mundo que adotou no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023 em fevereiro deste ano. “O racismo precisa ser riscado do mapa e o futebol ser exemplo para toda a sociedade”, acrescentou o dirigente.
Sempre a favor do diálogo com federações e clubes, os primeiros 12 meses da gestão de Ednaldo na CBF também se caracterizaram pelo acolhimento aos clubes a fim de ouvir suas demandas, esclarecer detalhes técnicos e construir soluções coletivas.
“A Série D, que existe desde 2009, teve o primeiro conselho técnico de sua história, um encontro para mais de 64 clubes na sede da CBF, que também recebeu o primeiro conselho presencial da Série C. E com os clubes das Séries A e B fizemos um inédito encontro para discutir, com total transparência, todas as questões relacionadas à arbitragem”, disse.
Quanto aos resultados obtidos pela base, o presidente realçou conquistas do masculino, como os recentes títulos dos Sul-americanos sub-20 e sub-17, assim como do feminino, e também louvou o sucesso das seleções de futsal e de beach soccer. No total, as seleções já venceram 13 competições desde que o Presidente assumiu o comando da entidade.
Em âmbito nacional, a CBF organizou 19 competições com 2437 partidas, o que envolveu mais de 400 equipes nas categorias de base e profissional. No feminino, por exemplo, foram criadas a Supercopa e o Brasileirão A3.
Nesse sentido, Ednaldo destacou o papel das federações estaduais. “Quero enaltecer o trabalho desenvolvido pelas federações filiadas no fomento do futebol nos Estados, organizando competições que vão da iniciação esportiva ao futebol profissional. Em 2022, elas promoveram 292 competições oficiais para centenas de equipes e dezenas de milhares de atletas, isto sem contar as dezenas de ligas amadoras espalhadas pelo país”, completou.
Durante a cerimônia, o presidente da CBF informou ter concluído a venda do avião e do helicóptero da entidade, como já havia prometido no ano passado. O avião modelo Cessna 680 Citation Sovereign (prefixo PP-AAD), ano 2009, com capacidade para nove passageiros, foi vendido por US$ 8 milhões (cerca de R$ 40 milhões) e o helicóptero Augusta A109S, ano 2010, de quatro lugares, por US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões).”Isso é mais do que planejávamos arrecadar quando tomamos a decisão de vender as aeronaves”, disse Ednaldo Rodrigues.
O montante arrecadado com essas negociações só vai entrar no próximo balanço da CBF, que será divulgado no início do ano que vem.
Fonte – CBF
Foto – Rafael Ribeiro/CBF