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Assembleia acata denúncias e Caboclo é suspenso da presidência da CBF

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Uma Assembleia Geral – composta por presidentes das 27 federais estaduais de futebol – resolveu afastar Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol por 21 meses, cargo o qual está afastado deste o último mês de junho, quando foi denunciado sob a acusação de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade.

Ao todo foram 117 dias entre a apresentação da denúncia da funcionária à Comissão de Ética e a punição anunciada nesta quarta-feira. Neste período, outras duas mulheres também afirmaram ter sido assediadas por Rogério Caboclo. Na denúncia, a funcionária detalha o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava” – o áudio desta conversa foi revelado pelo Fantástico em 6 de junho. Entre outros episódios, segundo a funcionária, Caboclo ofereceu a ela um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.

Ainda há dois outros casos contra Rogério Caboclo na Comissão de Ética. Um diretor da CBF o acusou de assédio moral e de obrigá-lo a invadir o computador da funcionária que o denunciou por assédio – algo que ela própria relatou em entrevista exclusiva ao Fantástico. Uma ex-funcionária da CBF também acusou Caboclo de assédio sexual e agressão.

Além disso, outra ex-funcionária, que não apresentou denúncia na entidade, declarou em depoimento ao Ministério Público ter sido assediada num voo de trabalho para Madri. Caboclo nega todas as acusações e por meio de nota disse ter sido vítima de um golpe após a divulgação da sentença.

Leia a nota de Rogério Caboclo:

“O presidente da CBF, Rogério Caboclo, considera que a decisão da Assembleia é mais um capítulo do maior e único golpe efetivo deflagrado contra um presidente de entidade esportiva em atividade no Brasil.

Quem acompanhou a votação, viu que estava evidente o constrangimento de vários dos presidentes de federações estaduais durante a votação.

Muitos deles estavam compromissados com o voto a favor de Caboclo. Mas a coação que resultou em assinaturas de uma lista pedindo a renúncia do presidente legitimamente eleito, na última reunião de presidentes, prevaleceu.

O sistema de votação adotado na Assembleia foi o de permanecer sentado quem estivesse de acordo com a deliberação da comissão de ética. E deveria se levantar quem estivesse contra. Isso criou desconforto ainda maior entre presidentes que tinham ideia de rejeitar o viciado procedimento ético contra Caboclo.

Rogério Caboclo lutará até o fim e utilizará todos os recursos jurídicos cabíveis até a solução definitiva do caso.”

Por Cristiano Alves com informações do Globo Esporte

Foto: Wilton Junior/Agência Estado

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