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Especial: Se preparando para a maratona de Curitiba, Givaldo Sena expõe as barreiras que a corrida derruba

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Nascido em Irará, o maratonista Givaldo Araújo Sena mora e treina em Feira de Santana já há alguns anos. Após o resultado excepcional na última edição da Corrida de São Silvestre, onde Givaldo ficou no top 20 geral da prova, o corredor ganhou ainda mais destaque. Há 8 anos correndo profissionalmente e agora, encarando novos desafios, ele conversou com o repórter Alê Alves, para o Diplomatas News e a Rádio Sociedade News FM, contando sobre as dificuldades enfrentadas por ele ao longo da carreira e a preparação para as grandes competições.

A última prova que Givaldo participou foi a Corrida Rústica de Conceição do Jacuípe, no último domingo (20), na qual ele foi campeão da categoria dos 10km. Para ele, é importante manter o ritmo em provas de distância menores. Mas nem sempre foi assim: Durante muito tempo, Givaldo correu por necessidade, descalço, sem estrutura alguma e encarando sol e chuva: “Fui descoberto pela equipe do treinador João Teles, de Santanópolis. Me destaquei e hoje vivo do atletismo, tem suas dificuldades, mas é algo possível. Conto com os apoiadores e as premiações das corridas”, afirma o maratonista.

Apesar dos bons resultados obtidos em outras competições de média e longa distância, Givaldo não deve correr a São Silvestre este ano.

A tradicional prova que encerra o calendário todos os anos, conta com mais de 35 mil atletas e vem sendo amplamente dominada por corredores africanos. Givaldo foi, em 2022, 36° colocado geral da prova. Para o ano passado, ele veio evoluindo e terminou em 17° geral, com um tempo de aproximadamente 48 minutos. E buscando melhorar ainda mais marcas de tempo como essa, o corredor afirma: “A preparação para a São Silvestre é semelhante a de uma meia maratona, pois é uma prova longa e que exige resistência. Chegamos a fazer 160 quilômetros apenas treinando para uma prova como essa”.

Givaldo considera a Maratona de Curitiba uma competição “chave”, tanto que no próximo dia 17 de novembro ele estará presente nela: “Lá fui quinto colocado geral. É uma maratona muito forte, internacional […] São 42 quilômetros e muitas ladeiras, cheguei a passar mal mas fiquei bem logo e consegui terminar”.

Uma barreira forte enfrentada por quase todos os maratonistas é, muito vezes, a falta de visibilidade e ausência de apoio público ou mesmo privada. E com Givaldo não foi diferente: “Em Feira de Semana quase nunca tive apoio de órgão público e nem em Irará. Mas quando comecei a correr as pessoas não me conheciam, foi difícil obter apoio […] É preciso Incentivar mais o esporte. Isso tira a criança das drogas e marginalidade. Atualmente, pequenos empresários me apoiam e incentivam”

Atualmente, o maratonista treina praticamente de forma diária, seja dentro de Feira de Santana ou em distritos próximos, e compete defendendo a equipe “Tartarugas do Asfalto”.

Fotos: Divulgação/Givaldo Sena

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