Bahia e Fluminense fizeram mais do que um jogo neste sábado (12), pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida representou bastante para além das quatro linhas: Roger Machado e Marcão, técnicos das duas equipes, entraram em compo vestindo uma camisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, entidade que tem objetivo de “monitorar e divulgar, através de seus canais, os casos de racismo no futebol, assim como ações informativas e educativas que visem erradicar a intolerância que tanto macula a democracia das relações sociais”.
No jogo, quem começou melhor foi o técnico do Bahia. Titular de última hora por conta do veto a Nino Paraíba, com dores na panturrilha, João Pedro fez uma linda jogada na direita e deu o gol para Élber fazer. Mas o camisa 7 conseguiu o impossível: a menos de um metro do gol vazio, chutou para fora. O lance aconteceu no primeiro minuto de jogo.
Fazendo seu primeiro jogo como titular na volta ao Bahia, João Pedro poderia iniciar como herói dando assistência em sua primeira descida, mas logo vestiu máscara de vilão. Aos 19 minutos, segurou Yony González dentro da área cometendo pênalti claro, assinalado pela arbitragem. Na cobrança, Nenê deslocou Douglas e abriu placar para o Fluminense.
O Bahia fez um primeiro tempo nervoso. O time pareceu sentir o gol perdido de forma precoce. Ainda assim, quando colocava a bola no chão conseguia criar. Foi assim quando Élber fez bom cruzamento da direita, mas Gilberto, sozinho, cabeceou fraco nas mão de Muriel. Do outro lado, o Fluminense encontrava facilidade para descer pelo setor direito da defesa do Esquadrão. Guerra não conseguia fechar os espaços e isso deixou o setor defensivo exposto. Yony González tentou aproveitar em duas oportunidades: na primeira, chutou pra fora. Na segunda, parou em Douglas.
Antes do apito soar encerrando a primeira etapa, o Fluminense ampliou. João Pedro recebeu passe da esquerda e carimbou a trave. Daniel pegou o rebote e, de cabeça, fez o segundo do Fluminense. Douglas chegou a tocar na bola mas não conseguiu impedir que a bola entrasse.
Roger sabia que o 2×0 colocava seu time em uma luta contra o relógio. Não havia muito a perder e o técnico do Bahia promoveu duas alterações logo na volta do intervalo. Guerra e Ronaldo saíram para a entrada de Arthur Caíke e Lucca. O camisa 77 entrou incendiando e criou duas oportunidades antes dos 5 minutos na segunda etapa. Primeiro aproveitou bobeira, driblou Muriel, mas perdeu o ângulo e chutou pra fora. Depois tabelou com Gilberto e rolou pra Flávio, dentro da grande área, isolar a bola.
O Bahia abusava de perder gols. Em mais uma vez que a pressão teve sucesso no campo de ataque, Gilberto desceu para a direita e rolou para Lucca. Mais uma vez, sem goleiro, o tricolor não conseguiu marcar. Desta vez, Gilberto, lateral do Fluminense, salvou o chute em cima da linha. Teve mais: o próprio Arthur Caíke se atrapalhou sozinho quase na pequena área. Élber, João Pedro e Gilberto pararam nas mãos de Muriel.
A derrota deixou o Bahia estacionado na 8ª posição com 38 pontos. O tricolor pode ser ultrapassado pelo Athletico-PR, que joga no próximo domingo (13), contra o Flamengo. A diferença para o G6 pode subir para até 3 pontos – tudo depende do resultado da partida entre Internacional x Santos, no Beira-Rio, também no domingo.
Informações Correio