O ex-dirigente do Atlético de Alagoinhas, Raimundo Queiroz (foto), avaliou a temporada 2019 vitorioso para o Carcará, onde o time fez um excelente Campeonato Baiano – ficando na terceira colocação geral – e conquistando vagas na a Copa do Brasil e Série D do Campeonato Brasileiro. Ele acredita que o exemplo do Atlético e de outros times, dão mostras de que o futebol baiano está sofrendo grandes mudanças no seu gerenciamento criando novas perspectivas para o futuro.
Para Queiroz, o que está acontecendo com o Atlético é o resultado de um projeto iniciado ainda na 2ª divisão. “Infelizmente, o time chegou no ‘fundo do poço’ a ponto de uma situação de quase descrédito total do torcedor. Ficamos muito tempo na 2ª divisão e quando alguns conselheiros e empresários me procuraram para que a gente fizesse um projeto e desta forma montamos o time, trouxemos o Arnaldo Lira para ser o técnico, ganhamos a 2ª divisão e este ano fizemos uma temporada melhor ainda, de forma que quando saí agora, foi de cabeça erguida e com o sentimento de missão cumprida porque colocamos o Atlético onde deve estar”, avaliou Raimundo Queiroz.
Para o ex-dirigente o segredo está justamente em projetos consolidados. “Se a gente observar, quem são os times que conseguem sucesso? Aqueles que montaram seus projetos e estão dando sequência. Nesse sentido, não posso deixar de dizer que o Fluminense perdeu com a saída do Zé Chico porque a gente sabia das suas ideias, projetos, embora o presidente que assumiu agora seja uma pessoa séria que também tem ideias e projetos e o que não pode é o clube não ter objetivos. O que espero é que o Fluminense siga no bom caminho porque tem uma grande torcida e toda uma cidade que pode lhe dar apoio e suporte”, avaliou. “Projetos consolidados como o do Bahia de Feira, do Vitória da Conquista, do Jacuipense dão o ‘oxigênio’ para que o nosso futebol continue vivo e nesse vácuo, nós já temos outros projetos como o Olímpia, a Unirb, o Canaã, o Doce Mel, que podem mudar de vez o futebol da Bahia”, complementou.
Mesmo com estes projetos existentes, Raimundo Queiroz acredita que os dirigentes ainda “remam contra a maré” por não encontrarem o suporte necessário de empresas e da sociedade em geral. “É mais uma questão, acredito, de conscientização por parte da sociedade que precisa conhecer os projetos e acreditar neles. É claro que existe o receio, mas é preciso que se entenda que os dirigentes sozinhos nada podem fazer e para o sucesso das equipes. Hoje é mais fácil se conseguir parceiros de fora do Estado do que da própria cidade, No dia que essa visão mudar o nosso futebol vai ter outra perspectiva”, prevê Raimundo Queiroz.
Por Cristiano Alves/Foto – http://atletico-ba.blogspot.com