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Ederlane diz que candidatura visa fugir do mesmismo do futebol da Bahia

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O presidente do Vitória da Conquista, Ederlane Amorim, vem trabalhando no sentido de se tornar presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF). Com mais de 30 anos de experiência em várias áreas do futebol, ele lançou seu nome como candidato e tem viajado em buscas de apoios e tem como objetivo fazer uma administração diferente com o objetivo, segundo ele, de fugir do mesmismo em que se encontra o futebol baiano.  

Ederlane Amorim acredita que o futebol baiano vive um processo de mudança, porém ainda de uma forma lenta. “Quando iniciamos o projeto em Vitória da Conquista, a ideia de gestão era bem parecida com a que muitos clubes têm hoje. E com o passar do tempo, muitos dirigentes começaram a formatar projetos que hoje são sólidos como o Bahia de Feira, a Juazeirense e o Jacuipense. Nessa carona surgiram equipes como a Unirb, o Doce Mel e mais recente o Barcelona, que estão buscando consolidar seus projetos, ou seja, a visão está mudando e isso não pode ser ignorado”, afirma.

Mesmo com a visível mudança, o dirigente observa ser lento o processo. “Quando se sai de uma 2ª divisão, o investimento que se tem é maior primeiro para se manter e depois para pensar em crescer. O grande problema é esse porque o nosso futebol do ponto de vista econômico ainda deixa a desejar: os clubes têm muitas obrigações a cumprir como pagamentos de taxas de inscrição, transferências de atletas dentre outros encargos que quando se bota na balança fica difícil se pensar em progredir porque a grande pergunta é ‘qual o retorno? Só conquistas em campo? O futebol é negócio e deve ser pensado como negócio e no caso dos clubes baianos, muitos hoje são calcados em projetos, mas ainda têm um grande caminho a percorrer”, comenta.

Para Amorim um dos empecilhos para a progressão está no calendário. “Hoje, só temos o Baiano que não chega a três meses de duração, ou seja, se tem 16 datas, mas acaba se cedendo algumas para a Copa do Nordeste e aí ficam 13 datas. Como é que se monta um time com tão poucas datas para jogar? É um gargalo e para passar por ele chegar é um caminho complicado e quem passa tem ralar muito para se manter porque à medida que se cresce aumentam os investimentos e como o time vai sobreviver? É uma equação que todos nós, dirigentes temos que biscar resolver anualmente”, comenta.

O rebaixamento do Jacuipense, para Ederlane Amorim, sintetiza toda essa problemática no futebol, principalmente do interior baiano. “Já foi o segundo clube do interior que passa pela Série D, chega a Série C do Campeonato Brasileiro, mas cai porque não se sustenta. E olha que eles têm um projeto interessante com visão empresarial, mas é complicado manter diante das circunstâncias. O mesmo aconteceu com a Juazeirense há uns quatro anos atrás”, observa.

CANDIDATURA

Desde o último mês de setembro, Ederlane Amorim tem percorrido o Estado na busca de consolidar um sonho: ser presidente da Federação Bahiana de Futebol. “Tenho muita experiência no futebol como jogador, treinador e agora gestor. Como homem do interior sei das dificuldades das equipes que precisam de incentivos, de mecanismos para sobreviverem e a minha candidatura é um processo em cima dessas necessidades que não só o futebol profissional tem, mas o futebol amador do Estado, Respeito a todos que passaram pela Federação, mas nosso futebol precisa sair do mesmismo de 20 anos”, afirma

Para o futebol profissional o dirigente pensa em manter um calendário com um maior tempo de atividades para os clubes, “Não podemos ter só três meses de competição. Tínhamos a Copa Estado que dava vagas na Série D e Copa do Brasil. É preciso se retomar, mas com outro formato, ou seja, negociando patrocínios para que além do Baiano, os clubes tenham pelo menos outra competição atrativa e assim possam manter suas estruturas por mais tempo, fazendo trabalho de busca e revelação de novos talentos”, disse Ederlane Amorim.

Para o futebol amador, o dirigente disse que tem buscado conhecer ainda mais de perto as necessidades de cada região. “É por isso que temos viajado: para tomar conhecimento da realidade de cada cidade e dentro disso criarmos projetos que venham a fortalecer o futebol em todos os sentidos pois um futebol amador forte significa um profissional forte. Temos que explorar a grande pujança que nós temos”, afirmou.

Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento     

Foto – Radio Brasil FM

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