Na primeira entrevista coletiva após o ataque ao ônibus do Bahia, o goleiro Danilo Fernandes, reforçou o desejo de seguir no clube. O arqueiro de 33 anos, tem contrato até dezembro e garantiu que não pensou em deixar o Tricolor por causa do atentado da semana passada. “Eu, minha família, estamos bem adaptados, apaixonados pelo clube, pela cidade e nenhum momento passou isso na minha cabeça. (…) Minha motivação é fazer o que eu mais amo. Não são vândalos que vão mudar isso. O verdadeiro torcedor não faz isso. O verdadeiro torcedor vai ao estádio, mesmo que seja para xingar, para cobrar, mas não faz isso. Minha motivação é fazer o meu melhor, é estar com minha família, com meus companheiros. Estar saudável para fazer o que eu mais amo”, disse o jogador.
Emocionado, o goleiro do Bahia amentou o rumo tomado pelo futebol brasileiro nos últimos anos e citou outros casos de violência e também de racismo. “Acredito que, antes de tudo, é a entrevista mais difícil da minha vida. Falando coisas que não é o que a gente quer falar. A gente quer falar o que acontece dentro do campo. Uma situação chata, no futebol pentacampeão mundial, que tem tudo para ser o mais bonito do mundo e está virando notícias policiais. Num momento em que o mundo vem passando por guerra e adversidades. (… ) Hoje, no futebol brasileiro, não só no Bahia, está complicado para jogar. Não só na Bahia, mas no Brasil todo, a paixão está sendo confundida com agressão. A preocupação é com todos envolvidos nessas situações complicadas dentro do campo. A segurança tem que ser a nível nacional”, afirmou.