O adiamento dos Jogos Olímpicos, devido à pandemia do coronavírus, poderá custar bem caro ao Japão. De acordo com jornal japonês especializado em economia, “Nikkei”, a remarcação do evento esportivo deverá resultar num adicional de 2,7 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 13 bilhões, no orçamento. O CEO do Comitê Organizador de Tóquio 2020, Toshiro Muto, comentou o assunto. “Com certeza haverá custos. O valor, contudo, não sabemos agora. E quem vai pagar isso? Não preciso dizer que não serão discussões fáceis e não sabemos quanto tempo vão durar”, disse.
Com o adiamento para o ano que vem, os organizadores dos Jogos terão que renegociar inúmeros contratos. Além disso, terão os custos de manutenção das arenas e mudanças de locais, em caso de necessidade. Outra questão diz respeito à Vila Olímpica. Cerca de 1/4 dos apartamentos que abrigarão os atletas já estão vendidos. “Algumas arenas talvez precisemos seguir alugando até o ano que vem, porque elas precisam de pelo menos um ano para ficarem prontas. Não podemos devolvê-las e pegar de volta só para a Olimpíada. Isso significa custo extra”, completou Muto.
Mas o custo adicional não é apenas em relação aos imóveis e equipamentos. O Comitê Organizador emprega 3,5 mil pessoas e é possível que haja demissões com o adiamento. Outro assunto a ser resolvido é em relação aos patrocínios e propaganda. Na teleconferência com jornalistas feita nesta quarta-feira (25), o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, se comprometeu “a fazer tudo o que for preciso”.”Vai ser um custo adicional para os japoneses. Mas o primeiro-ministro Abe se comprometeu a fazer tudo o que for preciso. Todos foram impactados, jornalistas, atletas. Temos de fazer desses Jogos um símbolo de união”, afirmou.
Foto: Leandro Aragão / Bahia Notícias
Foto: Leandro Aragão / Bahia Notícias