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GP do Brasil F-1 teve R$ 75 milhões de dinheiro público em 2019

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O autódromo de Interlagos recebeu ao longo deste ano R$ 75,2 milhões dos cofres públicos para receber o GP Brasil de F-1, que acontece entre os dias 15 e 18 deste mês. Os valores foram levantados pela reportagem com base nos contratos publicados no Diário Oficial e confirmados pela assessoria de imprensa da SP Obras, empresa responsável pelo mobiliário urbano da cidade de São Paulo.

Dos R$ 75 milhões, R$ 51,7 milhões foram utilizados para benfeitorias nas pistas e dependências do autódromo, principalmente nos boxes. A maior parte disso, R$ 41 milhões, foi paga pelo governo federal, e o restante pela prefeitura de São Paulo.

Sob o argumento que a F-1 é um evento rentável para economia da cidade, a prefeitura banca todos os anos as despesas com infraestrutura. Em 2019, foram R$ 23,5 milhões destinados para contratos com prestadores de serviços. Entre eles, jardinagem, abastecimento com água potável, serviço de limpeza (incluindo lixo hospitalar e esgoto), instalação de ar comprimido nos boxes, sistema de áudio e vídeo, circuito fechado de tevê e nobreak, além da contratação de máquinas de grande porte para transportar contêineres das equipes.

No ano passado, a prefeitura anunciou gastos de R$ 7,4 milhões nas obras e R$ 28,7 milhões com a infraestrutura. Em contrapartida, a SPTuris (empresa de turismo da cidade) diz que a corrida movimentou cerca de R$ 334 milhões com o turismo, um crescimento de 19,2% frente aos R$ 280 milhões registrados em 2017.

Nenhum representante do poder público quis comentar sobre os investimentos do GP Brasil de 2019 nesta quarta-feira (6), antes da entrevista coletiva nesta quinta com a presença do secretário de turismo, Orlando Faria, e o secretário de Obras, Vitor Aly, além de Tamas Rohonyi, dono da Interpub, empresa promotora do evento.

Apesar de comemorar os ganhos turísticos com a prova, a prefeitura tenta se livrar dos gastos anuais com Interlagos que vão além do GP do Brasil, o que ocorre desde 1990. Nesta quarta, a gestão Bruno Covas (PSDB) lançou o edital de concessão do autódromo por 35 anos.

O prefeito, que está em tratamento de câncer no hospital Sírio-Libanês, estima que o negócio trará um benefício de R$ 1 bilhão para São Paulo. Ele disse, em vídeo, que a concessão é “importante para conseguir garantir a continuidade do grande prêmio aqui”.

Por Carlos Petrocilo | Folhapress

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