O plano de Fernando Alonso de voltar ao grid da Fórmula 1 em 2021 pode ser atrapalhado por um obstáculo importante: uma série de acontecimentos, agravados pela pandemia do coronavírus, atingiram em cheio a Renault, a ponto do ministro das finanças da França admitir que a montadora, que é parcialmente estatal, “poderia desaparecer” devido à crise.
Como não foi assinado um contrato entre as equipes e a Fórmula 1 para garantir a continuidade de todos no campeonato a partir do ano que vem e o time da Renault na categoria recebe uma parte de seu orçamento diretamente da montadora, a crise poderia, inclusive, tirar os franceses do campeonato.
Mesmo se a equipe continuar, seria difícil para o time justificar a contratação de um piloto com o nível salarial de Alonso. O espanhol deixou a F1 no final de 2018 recebendo na casa de 30 milhões de dólares por ano na McLaren.
As especulações sobre a possibilidade da Renault deixar a Fórmula 1 não vêm de hoje. A situação da montadora já não era das melhores quando o CEO Carlos Ghosn, visto como responsável pela fusão com a japonesa Nissan há duas décadas, foi preso no Japão acusado de fraude fiscal. Com a parceria estremecida, a pandemia acabou atingindo os franceses em cheio, a ponto do governo francês considerar um empréstimo de mais de 30 bilhões de reais para salvar a empresa.
O chefe da equipe de F1 da Renault, Cyril Abiteboul, veio a público para negar as especulações de que o time estaria procurando um comprador, ainda que não “possa ter certeza se vou acabar com essas histórias.
Fonte: Uol Esportes | Foto: Martin Rickett/PA Images via Getty Images