Dando sequência a uma série de videoconferências os chefes das equipes, da F1 e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se encontraram novamente nesta quinta-feira numa reunião de quatro horas a qual taxaram de construtiva ao final do encontro.
Um dos principais tópicos diz respeito ao calendário da categoria em 2020, que já teve nove etapas canceladas ou adiadas até o momento por causa da pandemia de coronavírus. Neste último encontro, o GP da Áustria ganhou força para abrir a temporada, já que a França restringiu ainda mais a realização de eventos públicos, enquanto o país vizinho, sede do RBring, começou a afrouxar a quarentena.
Outro aspecto que foi discutido no tópico calendário foi a realização de três corridas em Silverstone no período de quatro fins de semana. Isso serviria para reduzir a necessidade de viagens (por causa das restrições de diversos países e pelos custos envolvidos), já que sete dos dez times tem sedes na Inglaterra.
As corridas no circuito inglês seriam realizadas com dois traçados distintos. Contudo, a sugestão de usar a pista com o traçado reverso não foi vista com bons olhos em função do alto custo para readequar barreiras de proteção e áreas de escape para atender padrões de segurança.
Em pauta também estava o limite orçamentário previsto para o ano que vem, que originalmente era de US$ 175 milhões (R$ 920 milhões) e já foi reduzido para US$ 150 milhões (R$ 785 milhões). Alguns times, como a McLaren, queria ver o valor cair ainda mais até chegar em US$ 100 milhões (R$ 525 milhões). Mas os três times de ponta seguem reticentes à mudança em função dos cortes de pessoal necessários a não antecipados para se adequar ao valor.
Então o cenário mais provável, ainda que não definido, é de um limite de US$ 145 milhões (R$ 760 milhões) para 2021 – US$ 30 milhões (R$ 155 milhões) a menos que o plano original – e uma redução para US$ 130 milhões (R$ 680 milhões) em 2022. Uma mudança gradual permitiria que os times pudessem se adequar de forma mais suave, além de garantir verba extra no ano que vem para o desenvolvimento dos novos carros.
Outro assunto proposto foi um jeito de reduzir a vantagem dos times mais ricos limitando o desenvolvimento aerodinâmico que pode ser feito no carro usando como base a posição dos times na tabela de construtores. De acordo com a proposta, os times de ponta teriam menos tempo disponível no túnel de vento e nos programas de desenvolvimento aerodinâmicos do que os rivais menores.
O calendário da Fórmula 1 em 2020 sofreu impactos severos devido à pandemia de Covid-19. Os GPs da Austrália e Mônaco foram cancelados, enquanto as corridas de Barein, Vietnã, China, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá estão adiadas.
Na semana passada, a direção da Fórmula 1 informou que a temporada deve começar na Europa, em julho, e com portões fechados nos autódromos. Tudo para que o objetivo de promover o maior número possível de corridas em 2020 seja alcançado.
Fonte: GE / Foto; reprodução