A romena Simona Halep reformou às manchetes nesta terça-feira (4), ao anunciar sua aposentadoria do tênis. Campeã em Roland Garros (2018) e em Wimbledon (2019), a jogadora passou os últimos anos de sua carreira envolvida em uma polêmica de doping por contaminação acidental, chegando a ser condenada à suspensão do esporte por quatro anos. Após recorrer da decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS), a tenista teve sua pena reduzida para nove meses, mas nunca conseguiu recuperar seu rendimento.
O adeus às quadras veio logo após uma derrota dolorosa em sua estreia pelo WTA de Cluj-Napoca, na Romênia. A tenista perdeu para a italiana Lucia Bronzetti por 2 sets a 0, com dupla parcial de 6/1, em apenas 59 minutos de jogo
Em 2022, Simona, testou positivo para a substância proibida roxadustat durante o US Open, um medicaemento para anemia que ajuda na produção de glóbulos vermelhos e na resistência. A atleta alegou que a contaminação ocorreu pela ingestão de um suplemento dado por seu treinador, Patrick Mouratoglou, ex-técnico de Serena Williams.
A tenista sofreu uma suspensão provisória em outubro e, em setembro de 2023, recebeu um banimento de quatro anos, por sinais de doping intencional em um exame de sangue. O Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) levou quase um ano e meio para analisar os recursos de Halep e acabou reduzindo a suspensão para nove meses em março de 2024, concluindo que a atleta não teve culpa.
“Sempre fui realista comigo e com meu corpo. No lugar onde eu provavelmente estava, é muito difícil voltar e eu sei o que significa estar lá. Me tornei o nº 1 do mundo, ganhei Grand Slams, era tudo o que eu queria. A vida continua, existe vida para além do tênis e espero que nos vejamos novamente”- disse a tenista, após a derrota desta terça-feira.
Com a conclusão do caso, Simona recebeu um wildcard para o Miami Open e voltou a jogar. No entanto, o longo período de inatividade não permitiu um retorno tão eficaz.