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Coronavírus: adiamento das Olimpíadas sai até o final de março

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Aos 79 anos, o japonês Tadamasa Fukiura sempre foi um fascinado por bandeiras. Tal fascínio o levou a supervisionar a confecção das mesmas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964. Ocupando função semelhante na organização da Olimpíada e Paralimpíada deste ano, Fukiura revelou, em entrevista à Reuters, que, até o fim de março, o Comitê Olímpico Internacional (COI) dará um parecer final sobre o adiamento ou não dos dois eventos marcados para acontecer a partir de julho deste ano.

– Acho que até o final de março, temos que decidir se devemos parar ou continuar os preparativos para as Olimpíadas – disse Fukiura, que é o responsável pela confecção de cerca de 10 mil bandeiras.

Segundo o consultor do Comitê Organizador de Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, mesmo com a pandemia do Covid-19, as fábricas japonesas seguem trabalhando em escala normal para entregar toda a demanda de bandeiras até o fim de maio.

Autor de um livro sobre bandeiras, publicado logo após a Olimpíada de 1964, ele se lembra com carinho do momento histórico vivido pelo povo japonês logo após a Segunda Guerra Mundial.

– Foi realmente emocionante. Dezenove anos depois de perder a guerra, o povo japonês se concentrou nas Olimpíadas – comentou Tadamasa Fukiura, que já se prepara para a notícia de um possível adiamento dos Jogos de Tóquio 2020 em função da pandemia do novo coronavírus.

– Espero que tomem a melhor decisão para todos – finalizou o japonês, lembrando que em 1964 a cerimônia de abertura da Olimpíada por muito pouco não foi cancelada após ameaça de um forte temporal em Tóquio.

Fonte: GE | Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

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