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Motivado, “PJ” completa 25 anos de narração esportiva

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Atualmente, na equipe esportiva da Rádio Sociedade News 102,1 FM de Feira de Santana, “Os Diplomatas do Rádio”, Paulo Sergio Coutinho de Freitas, o Paulo José ou “PJ” completa 25 anos de narração esportiva em 2021. Ele conta um pouco da sua história e como se tornou um dos melhores narradores do estado da Bahia.

Paulo José começou no rádio como locutor de FM, na Rádio Antares, logo após partiu para o jornalismo, quando surgiu a oportunidade de trabalhar com Jair Cesarinho na Rádio Carioca AM (hoje Rádio Povo FM) e em seguida foi para Rádio Cultura AM (hoje FM). Porém, foi o conceituado radialista, J Magno que o indicou para ser plantonista na Rádio Carioca por um ano e meio.

Como setorista do Fluminense de Feira, “PJ” trabalhou por aproximadamente sete anos na mesma rádio (Carioca), depois recebeu um convite para gerenciar uma rádio em Ruy Barbosa, há 270 km de Feira de Santana, a rádio Orobó, hoje Rádio Ruy Barbosa FM, por um ano e dois meses. Quando voltou a Feira, foi convidado por Jair Cesarinho para narrar o futebol amador pelo Clube do Mendonça, que promovia um campeonato interno.

Sobre sua história no rádio AM, após indicação de Rogério Santana, o narrador Alegria Alegria, como também é conhecido o Paulo José, substituiu o repórter, Wilson Passos que era setorista do Flu de Feira, na antiga 970 AM (Sociedade de Feira). Por quê Paulo José, já que o seu nome é Paulo Sergio Coutinho de Freitas, “PJ” explica que o apelido no rádio se deu por conta de outro narrador.

“Tinha um narrador na Rádio Excelsior, que era Paulo José, comecei a imitar muito esse narrador. E aí Sotero, o qual a gente trabalhou no serviço de alto falante no coreto na Praça do Cruzeiro, mudou meu nome para Paulo José e pegou. Sou muito grato a Deus por tudo que aconteceu e está acontecendo em minha vida”, disse.

Paulo José chegando para transmitir mais um jogo no Joia da Princesa

Paulo já participou de duas transmissões de Copa do Mundo, uma em 2010 na África do Sul e a outra em 2014 no Brasil.

“Narrei várias decisões do Campeonato Brasileiro, Baiano, Libertadores. Me lembro que narrei Santos e Boca Junior, no Estádio do Morumbi ao lado de Jorge Biancchi, em que o Boca foi campeão. Narrei decisão de Copa do Brasil, Grêmio e Flamengo, no Maracanã, ao lado de Rogério Santana. Fiz a final da Copa do Mundo de 2010, entre Holanda e Espanha, na África do Sul, a Espanha foi campeã.

A primeira Copa foi uma experiência diferente, pois o “PJ” estava com medo de viajar e Dilson Barbosa o incentivador, disse que aquele era o momento dele.

“Estava com medo de viajar e Dilson Barbosa insistiu, disse ‘é a sua vez, eu já lhe convidei outras vezes, mas não desperdice essa oportunidade’. Obrigado Dilson Barbosa, Deus lhe abençoe, você é um cara que também sabe dar oportunidades. Passamos lá, trinta e seis dias, foi uma experiência boa, uma temperatura abaixo de 5 graus, muito frio, mas eu não passei nenhum dia sem tomar banho”, brincou Paulo José ao se referir a um colega da Rádio Sociedade de Feira que ficou sem tomar banho.

Agora sob o comando de Miro Nascimento, na equipe “Os Diplomatas do Rádio”, Paulo José alegou que o calendário de 2021 é longo e que tem que carregar as baterias, espera um ano de muito trabalho, porém diz está preocupado com o Fluminense de Feira.

“Estou muito motivado esse ano. Minha preocupação é com o Fluminense de Feira, nada contra aos atuais dirigentes, mas será que tem planejamento, será que tem condições de contratar, fazer um time à altura das cores do Fluminense, para representar bem essa cidade? Será que o Fluminense vai correr risco de rebaixamento, ter estrutura suficiente para se manter, se vai conseguir uma das vagas para a série D, já que para o calendário desse ano só tem o Baianão? Não sei. Esse modelo já ultrapassado, de abnegação no futebol, nada contra a quem deu sua parcela de contribuição e já passaram pelo clube, mas será que não está na hora de mudar esse modelo e profissionalizar o Fluminense de Feira de Santana? ”, indagou Paulo José.

Sobre aposentadoria, “PJ” desconversou e disse que não pensa em parar.

“Eu tenho 58 anos e me sinto um jovem de 35 e vou continuar fazendo rádio, principalmente, futebol, enquanto tiver alegria. Quando acabar essa alegria e sentir cansaço, eu tenho que parar, até para não comprometer o trabalho da equipe. Eu creio que Deus está no controle de todas as coisas. Até quando Deus nos der vida, saúde e alegria a gente vai continuar, mas sem projeção de mais 10, 15 ou 25 anos”, finalizou.

Por Joaquim Neto | Foto: Marcelo Oliveira

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