Na manhã desta sexta-feira (25), a Associação dos Cronistas Esportivos do Brasil (Aceb) esteve em reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo. A pauta discutida durante a primeira parte da conferência foi em relação à cobrança de direitos de transmissão de rádio em competições organizadas pela entidade.
Em entrevista ao ex-presidente e atual diretor da ACEB, Eraldo Leite, o secretário geral da CBF, Walter Feldman, descartou completamente a cobrança de direitos de transmissão para equipes de rádio em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
“Vamos falar então, oficialmente, para aquele que representa os cronistas esportivos do Brasil que essa pauta nunca chegou à CBF, nunca foi discutida, nem sequer comentada. Seja em reunião oficial, seja em reunião de bastidores. Nós consideramos que o rádio brasileiro e o papel que vocês profissionais têm é fundamental para, como diz o presidente (Da CBF) Rogério Caboclo, capilarizar aquilo que é a nossa paixão nacional. Portanto, fora de pauta. Nenhuma possibilidade”, destacou Walter Feldman.
O assunto começou a ganhar maior destaque quando o vice-presidente da CBF, Francisco Novelletto, afirmou que em 2020, para realizar transmissões seria necessário realizar um pagamento, fazendo comparações, inclusive, com o modelo praticado em Copas do mundo.
“Eu estou falando pela minha cabeça e por mim: no ano que vem, só vai transmitir quem pagar, e está absolutamente certo. Tem que ser como na Copa do Mundo. Eu estou acelerando para que isso seja implementado já no ano que vem e posso dizer que o movimento se acelerou após a entrevista do Andrés. Ele que está puxando, mas já existem outros presidentes que são favoráveis”, disse Novelletto.
Outra grande influência no futebol brasileiro que apoia a causa é o presidente do Corinthians Andrés Sanchez, que falou sobre a falta de regulamentação da imprensa que frequenta os estádios de futebol e teve o seu discurso apoiado por Novelletto.
Em entrevista ao site Uol, o especialista em direito esportivo, Martinho Neves, afirmou que essa mudança só poderá acontecer com ordenamento jurídico. “Isso vai acabar com o rádio. Desconheço previsão legal que autorize esse tipo de cobrança. Só pode cobrar pela transmissão se o ordenamento jurídico der esse direito”, afirmou.
Apesar do surgimento de apoiadores, o assunto não deve nem chegar a ser debatido dentro da CBF.
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