Durou apenas horas a alegria do EC São Bernardo, que disputaria a Série D do Campeonato Brasileiro pela primeira vez. Após pleitear e comemorar a vaga na Federação Paulista de Futebol (FPF) para representar o estado no lugar do São Caetano, que desistiu da competição, o clube não poderá atuar, já que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) viu a situação de outra maneira.
A CBF se baseia no Artigo 34 do regulamento da competição, que previa que a desistência deveria ter sido comunicada até 50 dias antes da competição. O prazo, então, venceria no dia 18 de março – data da publicação do regulamento por parte da CBF. A competição começaria, em princípio, dia 2 ou 3 de maio. Agora ninguém sabe.
Para a CBF, a desistência do São Caetano configura abandono da competição, o que não permite a entrada de outra equipe. Assim, a Série D será disputada com 67 times, um a menos do que o estipulado inicialmente e sem nenhum clube ingressando no lugar do São Caetano.
Essa medida também serviria como alerta para outros times que eventualmente planejassem ingressar na competição caso os representantes de seus Estados alegassem não ter condições de disputar. Isso já ocorreu no passado, inclusive com interferências políticas, notadamente, nas regiões Norte e Nordeste.
O presidente do EC São Bernardo, Felipe Cheidde, esteve reunido com Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, em São Paulo, na hora do almoço quando manifestou seu interesse em herdar a vaga do rival da região do ABC paulista. Mas o sonho acabou com a posição oficial da CBF tomada no final da tarde.
Em princípio, Cheidde acreditava que ficaria com a vaga por direito após ter sido quarto colocado na Copa Paulista de 2019, atrás do São Caetano (campeão), XV de Piracicaba (vice e que disputou a Copa do Brasil) e do Mirassol, que já tinha assegurado seu lugar na Série D por sua campanha no Paulistão 2019.
Com a Série D ainda sem data para se iniciar, a situação ficaria fácil de se resolver e não haveria prejuízo aos demais concorrentes, mas a entidade máxima do futebol brasileiro não entendeu desta maneira.
Dessa maneira, a CBF também consegue limitar o número de participantes, o que significa uma economia para a confederação, já que cada clube que disputa a Série D receberá R$ 120 mil além de auxílio de logística – transporte, alimentação e hospedagem.
Fonte:FI /Foto:divulgação