Definitivamente, pelo menos para as rodadas iniciais do Campeonato Baiano, a utilização do Estádio Joia da Princesa está descartada. Uma nova vistoria feita por técnicos da Federação Bahiana de Futebol vetou a praça para o jogo entre Barcelona x Jequié, no dia 15 de janeiro e de acordo com representantes da empresa responsável pela manutenção, a falta de irrigação adequada ocasionou “estresse hídrico” na grama que agora passa por processo de recuperação
Com outros estádios apresentando problemas, o Joia seria a perfeita “válvula de escape” para abrigar os jogos de equipes como o Jacuipense e o Barcelona de Ilhéus. Mas a praça foi vetada para o jogo do Jacuipense com o Bahia no domingo (12) e o Barcelona contra o Jequié na quarta (15). Mas depois de vistorias realizadas pela equipe da Federação Bahiana de Futebol (FBF) foi confirmado o veto para os dois jogos.
A empresa Campanelli Gramados Esportivos e Áreas Verdes, responsável pela manutenção do campo, já iniciou o trabalho de revitalização. Em entrevista ao portal Folha do Estado, João Bosco Albuquerque, supervisor de contratos da empresa, explicou o que levou ao desgaste do gramado. “Em 5 de dezembro, fomos informados sobre a realização de um show no estádio, onde o gramado seria totalmente coberto. Emitimos um parecer técnico recomendando a proteção dos aspersores e a retirada das estruturas em até quatro dias para evitar danos. No entanto, houve um problema com a bomba de irrigação, que ficou inoperante por cinco dias, comprometendo a hidratação do gramado. Logo depois, a montagem e desmontagem do piso para o show levaram mais oito dias, somando 13 dias sem irrigação adequada”, relatou Albuquerque.
De acordo com o profissional período prolongado sem água resultou em estresse hídrico no gramado, agravado pela falta de tempo para a consolidação recomendada antes do evento.
RECUPERAÇÃO
João Bosco: “gramado deve ficar bom em 40 dias”
João Bosco, detalhou as ações para revitalizar o gramado. “Estamos renovando toda a estrutura, removendo a matéria seca, realizando descompactação, aeração mecânica e aplicando top dressing, uma cobertura com areia, calcário e adubos granulados para corrigir o solo. Após análise detalhada, passamos ao processo de consolidação, que inclui adubações e controle fitossanitário, levando de 30 a 40 dias para que o gramado esteja pronto para uso.”
Apesar dos danos estéticos, João Bosco destacou que a jogabilidade não foi comprometida. “O gramado mantém uma altura de corte padronizada e homogênea. Além da qualidade do campo, priorizamos a segurança dos atletas. Estamos trabalhando junto à nova gestão da Superintendência de Esportes, liderada por Emerson Britto, para restabelecer o padrão de excelência do Joia da Princesa.”
A expectativa é de que o estádio esteja em condições ideais em breve, reafirmando sua posição entre os melhores da Bahia.
Por Cristiano com informações do Folha do Estado
Foto – Sidnei Campos/FE