Publicidade
Publicidade

Sucessor de Ronaldo, Jorginho Capixaba deixou saudades no Flu de Feira

Compartilhe este Post

O ano era 1993, quando a torcida do Fluminense de Feira mal havia saudades do atacante Ronaldo, quando o Touro do Sertão anunciava a chegada de Jorginho Capixaba: artilheiro que manteve a evidência da camisa 9 que já havia sido usada por nomes como Ronaldo, Arildo e Celso Mendes. A passagem do Capixaba rendeu idas posteriores para a dupla BaVi, engrossando assim o seu currículo que acumula passagens por clubes do Brasil e exterior. Baiano por adoção, Jorginho reside em Salvador e ainda pode ser visto atuando pelo time máster do Fluminense de Feira, clube pelo qual guarda um grande carinho.  

Jorginho lembra que veio para o Fluminense em 1993 através do saudoso treinador Nivaldo Santana, com quem havia trabalhado no Espírito Santo, um ano antes. “Ele me ligou perguntando se eu não teria interesse em jogar no futebol baiano. Como sempre tive uma grande confiança nele, não pensei duas vezes e vim para cá, onde graças a Deus fizemos um grande trabalho”, diz.

O atacante chegou com uma senhora responsabilidade: substituir Ronaldo, que em 1992 havia sido artilheiro do Brasil com 37 gols. “O professor (Nivaldo Santana), quando cheguei foi logo dizendo ‘olha, você sabe né? Ele (Ronaldo) é o cara, ídolo da torcida e a sua missão vai ser difícil’. Eu disse ‘vou encarar’ e encarei a torcida apaixonada e exigente do Fluminense e não deixei a ‘peteca cair’ em termos de ser o homem-gol e muitas alegrias pude proporcionar a essa grande torcida”, afirma.

Terceiro colocado no Campeonato Baiano daquele ano, o Fluminense fez uma mescla com atletas vindos do futebol capixaba, do amazonense e jogadores conhecidos do futebol baiano. Tinha o seguinte time-base: Jean, Polaco, Gilson, Careca e Toninho; Zelito, Vevé e Acácio; Glaedson, Jorginho Capixaba e Furtado. Outros nomes como Reinaldo (goleiro); Serginho Tinho, Serginho Carioca e Victor Capucho (meio-campistas); Quirino e Baiano (atacantes). “O grupo era maravilhoso e mesmo em meio às dificuldades conseguimos fazer um trabalho de destaque de tal forma que depois sai para jogar em outros clubes. O Fluminense foi importante demais na minha caminhada por ter sido uma ‘porta de entrada’ para outros clubes”, observa Capixaba.

O ex-jogador confessou não ter anotada a quantidade de gols que fez no Fluminense. “Os gols saiam naturalmente: o trabalho era conjunto, não tinha como separar as coisas e o nosso time era bom em todos os setores, de maneira tal que quando a bola chegava, eu só tinha o trabalho de fazer os gols. Não me preocupei em anotar, pois o que eu queria mesmo era ver a alegria da torcida e independente da quantidade, o que importa são as consequências, que tanto para o Fluminense como para mim foram extremamente positivas”, destaca.

Jorginho ainda teve outra passagem pelo Touro do Sertão em 1996. Além do Fluminense, ele jogou em clubes como Bahia, Flamengo, Vitória, Fluminense/RJ dentre outros.

ATUALMENTE

Mesmo tendo rodado por vários lugares do Brasil e do exterior, Jorginho escolheu a Bahia para fixar residência. “Eu moro com a minha família em Salvador, já que na Bahia encontrei o calor humano, o acolhimento e graças a Deus, estou feliz aqui. Hoje trabalho com escolinhas de futebol e busco ajudar garotos a terem um futuro melhor através do esporte”, conta Jorginho. “Ao longo do tempo construí uma relação de amizade nos clubes, que hoje me abrem portas para que eu possa realizar meu trabalho, apesar das dificuldades que são muitas para se adentrar no mundo do futebol”, salienta.

Jorginho Capixaba é categórico em afirmar que antigamente era mais fácil se conseguir uma oportunidade em um clube de futebol. “Hoje, o cara pode ser apenas um jogador mediano, mas se ele tiver um empresário forte, as portas se abrem. Os empresários dominam o mercado de tal forma que hoje, se o garoto não tiver um suporte financeiro por trás ele não vinga”, garante.

Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento

Foto – Divulgação

Publicidade

Posts Relacionados

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *