Publicidade
Publicidade

Projeto de treinador pode beneficiar mais de 50 mil profissionais do futebol brasileiro

Compartilhe este Post

A crise financeira no futebol nacional pode afetar mais de 50 mil pessoas, dentre jogadores, treinadores e profissionais que trabalham diretamente para o funcionamento das agremiações espalhadas por todo o Brasil e a situação se agrava ainda mais com a proposta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em apenas dar suporte a equipes que tem calendário de competições a ser cumprido ainda em 2020. Neste contexto, estariam de foram mais de 140 clubes brasileiros que tem calendário reduzido a três meses de competição. Nesse sentido, o treinador Luiz Carlos Cruz (foto), que já treinou o Fluminense de Feira e teve recente passagem pelo Doce Mel, clube recém-promovido a elite do Campeonato Baiano criou um projeto para arrecadar fundos e ajudar as equipes em momentos como o atual.

Luiz Carlos Cruz, em entrevista ao programa Esperando a Bola na Rede da Sociedade News FM, disse que a ideia é criar um fundo para a captação de recursos que serão revertidos para uma grande quantidade de profissionais que de alguma forma atuam no futebol e que neste momento estão prejudicados em virtude da paralisação geral do futebol, consequência da pandemia da Covid-19. “O Brasil é gigantesco e não temos nem 150 clubes disputando o Campeonato Brasileiro em suas quatro séries. Essas agremiações ainda se tem uma perspectiva por conta do calendário que eles conseguiram. E os que não têm? É uma situação gravíssima e já começamos a receber relatos desesperados de pessoas que não sabem o o fazer diante da crise. Diante disso a algum tempo atrás me veio a ideia de criar este projeto para tentar amenizar a situação destes profissionais”, explicou.  

A ideia é captar recursos para criação de um fundo que serve para ajudar as equipes menores que passam dificuldades em momentos de grandes crises como a atual. “Nós temos três realidades no Brasil: o alto nível, que tem contrato, e que vai fazer acerto com o clube para reduzir salário e tirar férias, mas vai receber; o segundo universo é o nível médio, que tem contratos, não ganham tanto, mas que também vão aceitar uma redução salarial e tentar sobreviver; mas aí vem a terceira camada, que é a maior, que é de quem ganha de um a três salários mínimos, que é cerca de 85% dos profissionais da área do futebol nesse país”, explicou o treinador. “Essa grande camada é a que encerrou contrato e nem todos os clubes, como foi o caso do Doce Mel, pagou tudo ao dispensar a equipe. Nem todos fizeram isso, nem todos tiveram recurso para cumprir com suas obrigações”, acrescentou. 

LUTA

A proposta do treinador consiste em poder dar um salário mínimo a estes profissionais, através do fundo de captação e nesse sentido, ele tem conversado com muitos representantes do futebol nacional, inclusive da própria CBF. “Tive conversas com o Dunga e o Jorginho (treinadores tetracampeões mundiais como jogadores com a Seleção Brasileira em 1994), com o Vagner Mancini, além de representantes da CBF e todos se mostraram favoráveis a ideia, já que é o momento de quem ganha mais ajudar quem ganha menos”, ressaltou. “Se nós tirarmos 1% da elite do futebol nacional, de quem ganha muito, apenas 1%, que inicio financeiro nós não teríamos no fundo?”, questiona.

Luiz Carlos Cruz disse ainda que esta ideia  já foi enviada para entidades, federações de futebol e políticos e que aguarda resposta para o andamento da solução. Além do Fluminense de Feira, ele tem uma longa carreira como treinador, com passagens também pelo Fortaleza, Ceará, Palmeiras e Chapecoense, além do Bahia, Vitória da Conquista. Sobre a proposta do Gol Salvador, o técnico completou: “Ele começa como um projeto para agora, de uma forma emergencial, mas por que não ter um fundo pro futebol de reserva para quando acontecer catástrofes você ter como atender?”.

Publicidade

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *