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Paulo Salles não dá bola para o estigma de ser o “Rei do acesso”

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Divulgação

Campeão pelo Colo-Colo este ano, o treinador Paulo Salles é o preferido da torcida para comandar o Fluminense de Feira em 2025

Preferido da torcida para ser o técnico do Fluminense em 2025, Paulo Salles ficou conhecido na Bahia como o “Rei do acesso” e os números justificam esta marca. No entanto, o profissional que foi campeão com o Colo-Colo na Série B este ano, prefere não dar bola para esta condição que estigmatizou o seu currículo ao longo do tempo.

Ao longo de 13 anos, Paulo Salles disputou 11 finais de 2ª divisão com 9 acessos e dois fracassos. Mesmo com esse balanço positivo, ele diz não se envaidecer com o apelido de “Rei do Acesso”, diante dos próprios números. “Para falar a verdade eu detesto isso. O que me deixa feliz, com o astral lá em cima é retornar aos lugares onde trabalhei e receber o carinho das pessoas, o reconhecimento das torcidas. É muito mais sincero isso porque o futebol prega muitas peças e essa história de ‘Rei’ não me envaidece em nada”, declarou.

O técnico reconhece que o nível de dificuldade da 2ª divisão é maior do que o da 1ª divisão do futebol baiano. “Na Bahia não se tem 3ª divisão, ou seja, quem disputa a 2ª mira a 1ª divisão. Ai você tem 10 times, sendo que deste universo, cinco ou seis investem pesado para chegar. O ‘funil’ é pequeno e muitas vezes acontecem surpresas. Por exemplo, em 2022, estava no ADJ e fizemos uma campanha brilhante: ficamos 7 pontos na frente do Itabuna e na semifinal, na hora da ‘onça beber água’ fomos eliminados por eles. Foi mais ou menos o que aconteceu com o Fluminense esse ano, ou seja, o investimento é importante, mas isso só não ganha nada”, analisou Salles.

O acesso para a elite abre outros horizontes para o time.“Se na 2ª divisão só tem este objetivo na 1ª é diferente: o time primeiro luta para se manter e depois parte para outros objetivos como se classificar para as semifinais. Se partirmos do pressuposto de que duas vagas na semifinal são de Bahia e Vitória quem ficar em terceiro, quarto ou quinto vai se dar bem aumentando o seu calendário. Essa é a grande diferença”, pondera o treinador.

SEM SEGREDOS

Com tantos êxitos na Série B baiana, Paulo Salles garante não existir segredo para se alcançar o sucesso. “Em termos de conhecimento, e aí estamos falando de técnica e tática, não existem grandes diferenças, é praticamente mesma coisa. O que existe realmente de diferente é o foco, o objetivo, ou seja, você fazer com que o grupo entenda a necessidade, a finalidade da disputa. Se o grupo entende isso e incorpora, as dificuldades são superadas e o objetivo alcançado”, declara.

Para Salles, na Série B, a equipe tem que se superar o tempo inteiro. “No Colo-Colo, tivemos um grupo reduzido, mas mantivemos o foco de forma tivemos apenas uma derrota porque o grupo entendeu o propósito e abraçou, ou seja, se não houver esse comprometimento de nada adianta investir. O peso de ser terceiro na Série B é o mesmo de ser último colocado”, argumentou.

O técnico disse ainda que se caso fosse convidado a retornar ao Fluminense de Feira, aceitaria sem problema algum. “Tenho um carinho grande pelo Fluminense, por sua torcida. Fizemos um grande trabalho em 2015, levamos o time de volta para a elite estadual e logicamente não me furtaria em retornar. O Fluminense não pode ficar fora da 1ª divisão e independente de qualquer coisa fica a minha torcida para que em 2025 o seu objetivo seja alcançado”, afirmou.

Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento

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