No universo onde as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço, em Feira de Santana em especial, uma mulher vem notabilizando no jornalismo esportivo. Jéssica Campos é a única profissional feirense na área esportiva em atividade e concilia as demandas profissionais com a maternidade, já que há pouco mais de 2 anos deu à luz a pequena Helena, fruto do seu casamento com o radialista Sidnei Campos.
Jéssica é editora de esportes do site Bolavip Brasil, repórter do programa Conexão Esportiva- Rádio Sociedade News FM (Quadro Momento da Luta), apresentadora do programa Geral Fight (Rádio Geral), comentarista esportiva da Eleven Sports e TV Geral, também divide a rotina entre o trabalho e família. Enquanto mãe e à frente de uma jornada diária entre site e rádio, Jéssica consegue mesclar as atividades do lar com as experiências de sua rotina profissional. Ambos papéis fizeram com que ela desenvolvesse habilidades que contribuem para o seu crescimento pessoal e a própria gestão familiar.
Perguntada sobre os desafios de conciliar o trabalho e cuidar da pequena Helena de apenas dois anos, e da família a profissional foi objetiva. “Eu costumo dizer que a mulher moderna é uma mulher que conquistou direitos importantes, mas também abraçou uma carga extra de deveres e não é fácil ser a mulher, mãe, profissional, dona de casa. Como trabalho boa parte do tempo, dividir a atenção entre as entrevistas, escrever matérias, e cuidar de Helena é um desafio extra, mas sou grata por ter a oportunidade única de crescer profissionalmente enquanto acompanho de perto o crescimento dela”.
“O grande desafio de uma mulher profissional que é mãe é sempre o questionamento, a gente chega para uma entrevista de emprego por exemplo: uma das primeiras coisas que as pessoas perguntam e seu filho quem vai tomar conta? quem vai cuidar? Eu me recordo que estava no início da minha carreira quando eu decidi engravidar e muitas pessoas me questionavam, ‘você está no começo da carreira, você vai abrir mão da sua vida profissional para ser mãe’? Então eu precisei fazer uma escolha, mas graças a Deus, hoje eu tenho minha filha, eu trabalho. Hoje escrevo para um dos maiores portais esportivos do país, faço parte do maior grupo de jornalismo esportivo da América Latina. E tudo isso com uma filha recém-nascida, eu conquistei essa oportunidade e consegui obter esse sucesso profissional”, completou.
Diante dos desafios que a maternidade impõe, Jéssica Campos ainda teve que superar a pandemia, situação que exigiu ainda mais das suas habilidades de mãe e profissional. “Sobre a pandemia um dos meus maiores medos enquanto mãe, era que cada vez que tinha que trabalhar em uma transmissão esportiva o receio era muito grande de voltar para casa contaminada pelo vírus e acabar trazendo isso para a minha filha. Então esse foi o maior temor que eu tive durante esse período, mas graças a Deus, eu procurei me cuidar e trabalhar com todos os protocolos possíveis realizando constantemente exames Covid-19. Justamente no intuito de preservar a minha filha, porém foi realmente um momento muito difícil porque a gente não pensa só em nós, pensamos bem mais nos filhos”, pontuou.
COMEÇO
Jessica também falou do início da sua carreira no jornalismo esportivo. “Eu comecei no jornalismo esportivo trabalhando na TV Geral, como comentarista na transmissão do Iron Fight Combat. De lá para cá, já trabalhei como comentarista especial para a Rádio Povo, já trabalhei como comentarista também para a Rádio Subaé AM. Atualmente tenho um quadro chamado Momento da Luta, no programa Conexão Esportiva da Rádio Sociedade News FM. Fui âncora juntamente com meu esposo do programa Geral Fight na Rádio Geral, programa que bolamos juntos. E minha pequena Helena faz parte também desse contexto. As pessoas acompanharam um pouco desse processo e eu fiquei muito feliz porque fiz o programa muitas vezes estando grávida e as pessoas realmente puderam acompanhar isso. Trabalhei também para Eleven Sports CBF TV e por aí vai, graças a Deus tenho uma caminhada. Hoje sou redatora do Bolavip Brasil um dos sites do grupo Futebolsites/Playmarker que é uma empresa Internacional e eu fico feliz hoje em estar participando de todo esse universo esportivo”, disse.
Questionada sobre como se sente em ser a única jornalista e mãe envolvida no esporte. “Para mim é uma sensação de orgulho porque isso alguns anos atrás era um tabu, mas hoje a gente percebe que a nossa aceitação tem sido melhor dentro do ambiente esportivo. Mas eu sinto ainda a obrigação de desbravar o caminho para que outras mulheres, outras mães possam se sentir mais livres, mais à vontade para poder trabalhar nesse meio. Eu fico feliz porque quando eu iniciei esse processo se falando das transmissões esportivas para a Eleven Sports CBF TV era a única mulher, hoje a gente percebe que existe um grande número de meninas que acabaram se inspirando e hoje estão atuando em outros estados e em outras regiões. Então espero servir também de inspiração para outras meninas que possam fazer ainda melhor do que eu. Espero ser também o modelo e exemplo para Helena, quem sabe no futuro ela não vai querer ser jornalista esportiva como a mãe”, finalizou.
Por Sidnei Campos e Cristiano Alves
Foto – Arquivo Pessoal
