Com o futebol sendo administrado no regime de SAF, o Fluminense de Feira enquanto associação, segue buscando se organizar para manter atividades e até mesmo iniciar novos projetos em 2025. As dividas trabalhistas bem como o impasse sobre a posse da área pertencente ao clube às margens do Rio Jacuípe são as principais pendências que a diretoria da associação está trabalhando arduamente em busca de resoluções definitivas.
O sistema de SAF foi implantado no Fluminense há pouco mais de um ano e com o futebol – o carro-chefe tricolor – sendo administrado à parte, cabe a diretoria da associação seguir trabalhando em paralelo para evitar desgastes diretos na administração da SAF. “Não deixamos o futebol de lado. Os gestores da SAF sempre estão conversando conosco, temos reuniões quase que semanalmente e nesse quesito, tudo está caminhando com planejamento, reestruração de patrimônio dentre outros aspectos positivos com a chegada da nova gestão”, explicou o presidente da associação José Francisco Pinto, o Zé Chico. “Hoje, o nosso trabalho se concentra em resolver as dívidas trabalhistas, mesmo porque há uma situação em que o clube pode vir a ter o seu patrimônio penhorado. A outra questão é a área do Rio Jacuípe, onde estamos buscando um entendimento definitivo “, complementou.
Sobre as dívidas trabalhistas, Zé Chico disse que existe uma negociação em curso com o Tribunal Regional do Trabalho. “Na nossa gestão anterior, realizamos uma negociação com o TRT, firmamos um acordo, mas por uma série de situações, não foi cumprido e quando do nosso retorno a situação não tinha mais validade. Retomamos as negociações e esperamos resolver num curto espaço de tempo para que o Fluminense não sofra penhora do seu patrimônio”, informou.
BEIRA DO RIO E NOTIFICAÇÃO DA PREFEITURA
Zé Chico: “estamos buscando soluções para as pendências”
No último mês de novembro, a Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMMAM), emitiu uma notificação ao Fluminense de Feira Futebol Clube por irregularidades em obras realizadas na Área de Preservação Permanente (APP) do rio Jacuípe. O auto de infração, registrado no Processo Administrativo nº 3755/2024 e na Notificação nº 91/2024, foi divulgado no Diário Oficial Eletrônico do Município no dia 12.
De acordo com a SEMMAM, a autuação se referiu à realização de obras de drenagem e terraplanagem na APP, localizada nas coordenadas geográficas 12º17’16.91” S e 39º00’08.74” O, sem as devidas autorizações ambientais. As intervenções podem causar impactos significativos ao meio ambiente, incluindo alterações no curso natural do rio e degradação da vegetação nativa.
Sobre a situação, o presidente disse que o clube adotou as providências legais, porém trabalha para que aconteça um acordo entre a agremiação, a associação de moradores que ocupam a maior parte da área e a Prefeitura. “Com apenas um pedaço da terra hoje, não dá mais para pensar assim numa grande utilidade. Estamos buscando a desapropriação junto ao Município para que possamos dispor de outra área para construir um complexo esportivo ou um clube para os associados, mas hoje depende necessariamente desse acordo que estamos trabalhando para acontecer”, explicou Zé Chico.
O dirigente voltou a afirmar que a associação pretende realizar novos projetos como o incentivo a outras modalidades esportivas, bem como a criação de um museu, onde principalmente os torcedores mais jovens terão acesso a toda a história do Touro do Sertão. “Temos muitas ideias, mas agora estamos nos concentrando para resolver estas situações para que possamos num futuro próximo ter ainda uma participação mais ativa incentivando novos projetos, novas modalidades e acima de tudo mantendo viva a chama do Fluminense de Feira’, declarou
Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento
Fotos – G-1\BA e Secom/PMFS