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Atual modelo de gestão pode levar clubes a extinção no Brasil, diz dirigente

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Com a pandemia instalada, o futebol brasileiro poderá passar por profundas mudanças na sua forma de ser administrado. É o que pensa o executivo de futebol Francisco Ferreira, que tem um vasto currículo futebolístico e que integra a Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (ABEX). Para ele, o atual modelo que ainda persiste no futebol, onde os clubes são entidades sem fins lucrativos e os dirigentes estatutários chegam ao poder sem nenhum tipo de preparação, está falido e condenado. Ou se muda a forma de pensar, ou daqui a algum tempo, muitas equipes deixarão de existir.  

Francisco Adolfo Ferreira (foto) está a frente do Ceperf – Centro de Excelência em Performance de Futebol Gestão Executiva de Futebol Profissional – uma empresa de prestação de serviços de Gestão e Consultoria Esportiva com ênfase na Gestão do Futebol, cuja principal proposta é a de reestruturação de Departamentos de Futebol de clubes profissionais abordando os principais aspectos das estruturas. Além disso, ele tem Curso de Treinadores CBF – Licença A

MBA em Gestão Estratégica em Esportes pela FGV; Especialista em Treinamento Esportivo pela UGF; Graduado com bacharelado e licenciatura plena em Educação Física pela UFMGProfessor de Educação Física e Gestor Esportivo com atuação de mais de 20 anos em grandes clubes de futebol do Brasil e do Oriente Médio (Cruzeiro, Atlético-MG, Al Ain Club, Muharraq Club) e de futsal (Minas Tênis Clube). Professor universitário tendo lecionado e/ou proferido palestras em instituições como Estácio de Sá, Gama Filho, UFMG, UFV, FAESA, FUNORTE, dentre outras.

Tem atuação com alguns dos principais treinadores do futebol brasileiro (Barbatana, Duque, Levir Culpi, Paulo Autuori, Marco Aurélio, Márcio Araújo, Luís Felipe Scolari, Paulo César Carpegianni, Ivo Wortman, Caio Jr., Vanderlei Luxemburgo, PC Gusmão, Emerson Leão, Ney Franco, Oswaldo de Oliveira, Jorginho, Dorival Jr., Adílson Batista, Cuca e Alexandre Gallo). Diversos títulos conquistados em nível nacional e internacional (Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana…) além de vários artigos científicos publicados (Universidade do Futebol, ENAF, Footecon…). Autor de projetos diversos com atuação efetiva na modernização de clubes como Cruzeiro e Minas Tênis Clube. Autor do livro “O Futebol NÃO PODE SER assim mesmo!”

REALIDADE

Com o futebol parado, de acordo com o executivo, em entrevista ao repórter Miro Nascimento no Conexão Esportiva, os clubes precisam se reinventarem se quiserem sobreviver, principalmente aquelas agremiações que são administradas  pelo modelo de “associação sem fins lucrativos” regidas por estatutos arcaicos e quem não cabem mais no futebol moderno. “Nesse tipo de gestão, os dirigentes não recebem remuneração e muitas vezes estão nas equipes movidos por algum tipo de interesse. São torcedores, não têm geral a visão empresarial do futebol e isso acaba sendo um entrave para o desenvolvimento e crescimento dos times”, explica. “Formulam projetos que ao primeiro resultado negativo são desfeitos. Por pressões externas eles reformulam tudo e quem perde com isso são as equipes.  Quando as coisas dão certo são criados ‘salvadores da pátria’  que se perpetuam nos cargos diretivos”, complementa.

Francisco Ferreira garante que as equipes que seguem este modelo de gestão a tendência é o fracasso. “Um bom exemplo disso e o Cruzeiro que hoje amarga a Série B nacional por uma conta de uma série de desmandos que levaram o clube ao colapso. Superfaturaram as contas, contrataram acima do que se pode pagar e o resultado disso é a bancarrota. Para equilibrar vai ser um processo demorado, que pode levar anos, mas se houver paciência e perseverança se chega ao objetivo”, afirma.

Na contramão clubes como o Bahia, Atlético/PR. Fortaleza e Grêmio, na opinião do gestor, começam a despontar com seus projetos. “Alguns deles, como é o caso do Athlético/PR viraram case de estudo e por quê? Porque na verdade o modelo de gestão lá é diferenciado e o resultado são títulos, atletas negociados, projeção. O Flamengo é outro exemplo. Não ganhou tudo no ano passado? Mas para que isso acontecesse foi um processo iniciado há mais de 5 anos. As pessoas não enxergam isso, só enxergam os títulos e não sabem como se chegou ao resultado”, disse Francisco Ferreira.

FUTURO

Em relação ao futuro destas equipes, Francisco Ferreira acredita que está ligado diretamente a forma como elas serão geridas. “Existe uma grande diferença entre gostar e entender de futebol. Muitos dirigentes são até bem intencionados, mas não entendem não sabem os caminhos que devem seguir, muito menos buscam o conhecimento. Aí costumamos ouvir frases do tipo ‘futebol é deficitário’. Não, o futebol na verdade é mal gerido e isso tem que acabar. Ou se acaba com isso ou muitas equipes estão condenadas a extinção” declarou.

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Uma resposta

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    Apenas Alcançar Novas Pessoas que Ainda Não Conhecem
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