O feirense Raimundo Queiroz se notabilizou no futebol baiano por bons trabalhos realizados a frente do Atlético de Alagoinhas. Mesmo com muitos pedidos para que ele permanecesse inserido no contexto atleticano, o dirigente abriu mão e deve apenas acompanhar os jogos da arquibancada, pois já tem outros projetos para 2020.
Raimundo Queiroz conta que a primeira vez que esteve em Alagoinhas foi em 1989, num jogo entre Fluminense x Vitória, que estavam decidindo um turno de Campeonato Baiano e desde então começou o seu caso de amor com a cidade. “Estava no meio de um grupo de torcedores que fizeram uma caravana, saindo do Sobradinho para acompanhar o Fluminense. Desde então eu comecei a frequentar a cidade e me estabeleci em Alagoinhas, onde com o passar do tempo me envolvi com o futebol e mais de perto o Atlético”, lembra.
A sua primeira passagem pelo Carcará como dirigente foi em 2003 e desde então se tornou um dirigente presente que deixou sua marca registrada no Atlético. “Se eu fizer um balanço das minhas passagens pelo clube, acho que tive mais acertos do que erros, pois sempre primamos por montar equipes competitivas, condizentes com a tradição do clube, a ponto de acirrarmos a rivalidade com os clubes do interior. Os números comprovam isso e a marca que alcançamos faz com que realmente nosso nome entre para a história”, disse.
No currículo, o dirigente acumula boas campanhas com três vice-campeonatos na Copa Governador do Estado, terceiro colocado no Campeonato Baiano por três vezes, além de levar o Atlético a quatro campeonatos nacionais. Além de tudo, Raimundo Queiroz por quatro vezes foi eleito o melhor dirigente do interior pela Federação Bahiana de Futebol. Na sua última passagem pelo clube, como presidente foi em 2017quando retornou com o objetivo de resgatar o Atlético que estava na 2ª divisão do Campeonato Baiano. “Montamos uma estrutura, trouxemos um treinador de gabarito como o Arnaldo Lira ganhamos a 2ª divisão, no ano passado e este ano fizemos um Baiano excelente a ponto de ganharmos a vaga da Copa do Brasil, inédita para o clube de maneira que cumpri minha missão e encerro meu ciclo no clube”, declarou.
OUTROS PROJETOS
Raimundo Queiroz poderia dar prosseguimento ao trabalho, mas abre mão para se dedicar a outros projetos. “Por enquanto não posso me aprofundar em detalhes, mas o que eu posso dizer é que não tem nada a ver com o futebol. Quero outros rumos e esse é o motivo para não seguir, embora todos tenham pedido para que eu ficasse. O meu momento agora é para isso, mas seguirei acompanhando o futebol, torcendo e ajudando naquilo que for necessário, porém não como dirigente”, informou
Quanto ao novo presidente do Atlético, Albino Leite, Raimundo Queiroz disse ter o seu apoio para a nova jornada. “Não tenho participação na montagem da equipe, mas na parte administrativa no primeiro momento o auxiliei em algumas coisas, inclusive o levando a FBF para apresentar ao presidente. Mas para por aí porque tem outras coisas que preciso cuidar a partir de agora”, declarou.
Sobre a viabilidade das equipes do interior, Queiroz, acredita ser possível realizar um bom trabalho. “Temos cidades com grande potencial que podem dar sustentação aos clubes, porém é necessário que os dirigentes se unam para lutar por competições melhores, por um calendário equilibrado porque somente desta forma é que se revela talento e se dá oxigênio aos clubes e se abrem perspectivas de dias melhores”, afirmou Raimundo Queiroz.