Quatro dirigentes do Fluminense de Feira podem ter complicações junto ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Bahiana de Futebol (FBF). O árbitro Emerson Ricardo de Almeida Andrade (foto), que apitou no último domingo (1) a partida Fluminense 2 x 4 Juazeirense – que marcou a queda da invencibilidade do tricolor feirense – relatou em súmula ter sido ameaçado por dirigentes feirenses no intervalo do jogo.
O documento foi entregue e protocolado junto a Federação Bahiana de Futebol na tarde de ontem (2). Nele, o árbitro relata que houve a invasão do vestiário da arbitragem por quatro dirigentes do Fluminense. Ele não cita os nomes dos dirigentes, mas relata o acontecido no documento. “Informo que no intervalo da partida, quatro diretores do Fluminense invadiram o vestiário dos árbitros, socando a porta e falando as seguintes palavras “se não apitarem direito, não saíram vivos daqui”. Logo em seguida os mesmos se retiraram, e o fato foi comunicado ao policiamento. As duas equipes apresentaram médicos, ambulância e policiamento para a partida”, diz o documento,
OUTRO CASO
Não foi a primeira situação envolvendo o árbitro Emerson Ricardo neste Campeonato Baiano. No dia 29 de janeiro, ele dirigiu o jogo entre Vitória x Juazeirense no Barradão e teve seu trabalho contestado pelo presidente do Vitória, Paulo Carneiro, que após a partida divulgou um áudio em um grupo de WhatsApp após o empate em 2 a 2 do rubro-negro com a Juazeirense, onde ele reclama de erros da arbitragem. Na avaliação do dirigente, o time da casa saiu prejudicado com a atuação do árbitro Emerson Ricardo de Almeida Andrade, que é integrante do quadro da CBF. “Como eu não disputo campeonato baiano há muito tempo, estou vendo que as arbitragens da Bahia estão muito fracas. Hoje esse árbitro boçal que apitou aqui marcou um pênalti no final do jogo absolutamente inexistente, é só olhar na TV. Kanu nem é tocado e ele deixa de marcar um pênalti a nosso favor num chute de Edson que a bola bate na mão do goleiro e ele não marca o pênalti. Fora a mão do zagueiro que ele deveria ter expulsado”, reclama.
Na ocasião, Paulo Carneiro ainda usou um tom de ameaça para afirmar que, caso as situações seguissem acontecendo, as condições de apitar no Barradão iriam mudar. “Quero alertar esses árbitros que eles vão ter todas as condições de apitar aqui no Barradão, mas se continuar roubando, as condições vão desaparecer. É bom tomar vergonha na cara”, declarou o dirigente.
O caso foi denunciado ao TJD que julgou o caso poucos dias depois e Paulo Carneiro foi multado e suspenso por ter ofendido o árbitro O dirigente rubro-negro foi enquadrado no artigo 243-F, que trata de ofender alguém em sua honra por fato relacionado diretamente ao esporte. Ele foi suspenso por 30 dias e multado em R$ 15 mil.