A quem se deu o árduo trabalho de acompanhar o jogo entre Juventude e Bahia neste sábado, ofereço minhas condolências: Faleceu o sonho Tricolor de retornar à maior competição continental que nós é alcançável. Ou ao menos, é o que está encaminhado. O sonho do torcedor tricolor respira por aparelhos.
O Bahia não é mais um time sanguíneo, reflete desânimo, não aparenta ter entrega tática e prática. Sendo tão simplista, os jogadores parecem desmotivados e sem garra. Para completar, o regente é um técnico que deixa translúcido seu apreço pela teimosia. Rogério Ceni pode ser treinador, mas não é um gestor de grupo.
Hoje o que se observa no Bahia são jogadores que têm a posse de bola, mas não sabem o que fazer com ela. A impressão que se tem é que Ceni não é capaz de fazer esse time sair do “mais do mesmo”, e qualquer um desfalque já faz com que a equipe não renda com os outros dez que entitulam. Não há jogada ensaiada, não há estrutura técnica definida, não há passes longos ou colocados, o que se vê são jogadores jogando a bola de um lado para o outro, atrasando para o goleiro a toda hora, com pouca criatividade na formação de jogadas e capacidade zero de finalização.
Ceni não consegue ter audácia para mudar o esquema tático, o estilo de variação ofensiva, nem mesmo o ânimo do grupo. A velocidade do jogo parece ser sempre a mesma, em segunda marcha e subindo a Ladeira da Montanha.
O City Group tem um norte, um planejamento que funciona a médio/longo prazo. Mas e o torcedor? E os que aguardam desde 1989 para ver o Bahia novamente na Libertadores?
Ao que parece, há de se ter um pouco mais de paciência.
O Bahia tornou-se um time previsível, lento e engessado. E agora que sabe-se que a diretoria manterá Rogério no cargo vida do o trabalho a longo prazo, não adianta mais reclamar ou pedir saída.
Restam cinco partidas e o torcedor terá de ser paciente. Talvez (e sabendo da fé que tem o torcedor baiano) o que resta é tão somente rezar.
Por Alê Alves