Após o empate na Arena Cajueiro no último sábado em 1×1 contra o Retrô, o técnico do Bahia de Feira, João Carlos Ângelo, cedeu entrevista exclusiva para a Rádio Diplomata News e analisou o desempenho da equipe na partida, falando também sobre as expectativas para o confronto do próximo sábado, também em casa, contra a Jacuipense.
“Referente ao jogo de sábado, acho que a equipe teve dois tempos distintos. Na primeira parte a equipe se impor. Fizemos um gol, poderíamos ter feito outro. Tivemos uma possibilidade com Diones e saímos no primeiro tempo vencendo por um a zero. No segundo tempo, obviamente, a equipe do Retrô, até por ser uma equipe bastante qualificada, e ciente que estava perdendo o jogo de um a zero precisava postar a sua equipe mais à frente, se impor mais no terreno. A gente também cedeu muito espaço, baixamos as linhas”.
O treinador lembrou também que problemas físicos atrapalharam a equipe ao longo do segundo tempo: “Tivemos problemas de algumas substituições que fizemos devido à lesão e ao desgaste excessivo, nomeadamente do Abuda e do Toni Galego, que complicou um pouco a gente. O Alexsandro a gente já tinha a ideia de que não iria aguentar o jogo todo, natural pela intensidade de jogo que eles (Retrô) colocaram no primeiro tempo, mas aí nós praticamente tivemos que fazer algumas substituições que não estavam dentro do planejamento. Perdemos um pouco de intensidade, até porque tivemos que manter dois volantes, sendo o Diones e o Peterson, que são dois jogadores que estão vindo, que retornaram de lesão há pouco tempo. Obviamente não estão ainda no seu melhor ritmo competitivo”.
“Devido a isso, nós perdemos um pouco da pressão ao portador da bola, cedemos espaço para eles. Tivemos mesmo assim a oportunidade de matar o jogo ainda no segundo tempo com o Alexsandro, o goleiro foi muito feliz naquela bola. E no final do jogo em uma bola eles ‘mataram’, acredito eu que foi um momento de desatenção, já que a gente já tinha praticamente congestionado todo o setor para que eles não entrassem. Eles colocaram um jogador muito alto na frente para tentar buscar essa bola aérea. Nós tentamos neutralizar com a entrada de mais um zagueiro e sabíamos que eles iam começar a colocar a bola na área e, num momento de desatenção nossa, acabamos por sofrer um gol e pagamos caro por isso”.
João enalteceu a força do grupo, assim como o equilíbrio e dificuldade que a competição possui.
“Agora é trabalhar, a gente iniciou o trabalho, retomou as atividades e já estamos pensando no próximo jogo, contra a Jacuipense. A gente sabe que não tem jeito, né? Futebol são detalhes, Se a gente faz o segundo gol, como tivemos oportunidade, a gente mataria o jogo. Não fizemos e acabamos por dar motivação ao adversário. E isso não é só com a gente, como eu falei para os atletas aqui. O nosso grupo é muito equilibrado, os jogos são equilibrados. Hoje em dia, dificilmente se encontra aquela diferença grande de uma equipe para outra. E por isso vemos tantos jogos sendo decididos nos últimos minutos. Equipes, às vezes, que teoricamente poderiam ser favoritas por um motivo, perdendo favoritismo.
O técnico ainda finalizou: “A gente tem que saber lidar com isso porque nós trabalhamos na profissão. Só que nós, como intervenientes principais, treinadores, temos que procurar minimizar esses erros, para que não cometamos novamente, para que possamos tirar proveito nos momentos como tivemos no sábado de poder sair com os três pontos. Então é isso que a gente tem que pensar agora, trabalhar para o jogo da Jacuipense, procurar fazer um bom jogo sabendo que eles são um adversário muito qualificado, mas nós que temos que fazer um bom jogo. Temos todas as condições de somar os três pontos e continuar a briga que a gente está pela classificação até o final essa briga, pelo fato de que as equipes são muito equivalentes e a tendência é que isso vá se postergando até as rodadas finais da competição”.