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Proposta de pontos corridos na Série C ganha força

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Após divulgar as tabelas das séries A e B, a CBF agora se concentra em contornar o conflito de interesses relacionados à Série C. Uma reunião virtual na tarde desta sexta-feira deve bater o martelo sobre o formato de disputa da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, que pode adotar um “modelo híbrido” de pontos corridos.

A proposta que tem maioria dos clubes atualmente muda o formato original, de dois grupos regionalizados. Isso porque dificilmente haverá consenso nesse ponto, com 13 times das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e apenas sete do eixo Sul-Sudeste. Dessa forma, a proposta de pontos corridos cresceu nos últimos dias e já conta com 11 times de acordo. — É uma questão meramente financeira. Não dá para viajar mais sem uma contrapartida da CBF. Precisamos de patrocinadores para investir nesse formato. Fizemos um levantamento, e só para logística da própria CBF serão necessários R$ 8 milhões a mais do que foi em 2021 — explicou o presidente do Botafogo-PB, Alexandre Cavalcanti.

O dirigente lidera o “grupo da minoria”, que defende a manutenção da fórmula do ano passado: dois grupos de 10 clubes, com os quatro primeiros colocados avançando para a segunda fase. Mas Alexandre Cavalcanti disse que a posição dos times pode mudar na reunião de logo mais.

— Veja bem, não somos contrários aos pontos corridos. Mas é preciso fazer as contas, termos um aporte para bancar viagens mais longas. Uma coisa é jogar em Natal, em Campina Grande ou Salvador. Outra é ir para o interior de São Paulo ou do Rio Grande do Sul. E vice-versa. Vale para os clubes de lá também. Agora, se houver viabilidade econômica, não é problema.

PROPOSTA

A proposta que predomina entre os clubes é de pontos corridos, mas com apenas um turno. Ou seja, os 20 times jogariam entre si apenas uma vez. A partir daí, existe a possibilidade de uma segunda fase, reunindo os oito melhores times. Nesse caso, seriam dois quadrangulares ou mata-matas simples até a decisão. Nos dois casos, o calendário não sofreria mudanças radicais — 27 ou 25 rodadas, respectivamente. A CBF reservou 26 datas para a Série C deste ano, e um ajuste não traria maiores dores de cabeça.

Na primeira reunião, o equilíbrio prevaleceu: 10 votos para a proposta de pontos corridos e 10 para a manutenção da fórmula do ano passado, com grupos regionalizados. Mas a balança pendeu para um lado depois que Volta Redonda e Botafogo-SP, que encabeçam o movimento de pontos corridos, conseguiram trazer a Aparecidense para o seu lado.

A CBF banca viagens e hospedagens na Série C. O sistema de pontos corridos (mesmo de um turno só) elevaria os custos para a entidade — justamente os R$ 8 milhões a mais, de acordo com o levantamento dos clubes. O problema é que, com mais viagens, aumentaria a necessidade de um elenco numeroso, além de outras despesas extras. — A CBF banca uma delegação de 25 integrantes. Mas muitas vezes precisamos levar mais gente nas viagens. Fisioterapeutas, jogadores a mais, etc. E nesse caso o custo é do clube. No ano passado, gastamos R$ 200 mil apenas para viagens predominantemente para o Nordeste. Neste ano, essa diferença para os cofres dos clubes seria ainda maior no modelo de pontos corridos — argumenta Alexandre Cavalcanti.

A reunião on-line, marcada para as 15h com a participação de todos os clubes, promete ser quente. Mas, como é necessária apenas maioria simples, é muito provável que a fórmula da Série C mude para 2022 — um indicativo disso é que a CBF não antecipou a formação dos grupos, o que daria a entender que a fórmula do ano passado estaria mantida. Se tudo der certo, a tabela da Série C será divulgada nos próximos dias — ou, numa previsão mais otimista, até ao fim desta sexta-feira.

Fonte – Globo Esporte

Foto – Divulgação

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