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Profissional diz que pandemia deve provocar profundas mudanças no futebol de base

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A pandemia vivida no Brasil e no restante do mundo trouxe reflexos negativos e alguns podem causar transtornos irreversíveis no futebol, no tocante às divisões de base. Essa situação pode causar profundas modificações na formação de novos talentos, um entendimento difundido entre profissionais que trabalham com divisões de base, como é o caso do professor Jaderson Barbosa, do FSA Sports e Jw7 Academy, que já trabalha há muito tempo nesse setor e busca adequar os projetos os quais está à frente à nova realidade.

De acordo com Jaderson Barbosa, o principal objetivo agora é motivar os garotos a voltarem treinar e jogar. “Em meio à pandemia que ainda vivemos está a situação de extinção de algumas competições como a Copa 2 de Julho, a Taça BH, por exemplo, que eram ‘vitrines’ para que esses garotos pudessem mostrar seu trabalho. Estamos recomeçando com uma perspectiva de encontrar dificuldades, mas vamos buscar superar tudo isso e seguir adiante com o nosso trabalho que é importante”, ressalta.

O profissional mantém contatos com representantes de outros centros formadores de atletas, inclusive de fora do Brasil e de acordo com as informações, o nível de dificuldade será ainda maior de ingresso de atletas, principalmente àqueles de origem mais humilde. “Hoje o que se trabalha em base não é só a técnica, mas a parte psicológica, disciplinar, cultural do garoto. Isso tudo custa dinheiro e aqueles clubes que tem capital para investir vão buscar selecionar ao máximo os atletas. Quem vai querer investir em um menino que é bom de bola, mas tem histórico familiar ruim e comportamento complicado? É difícil porque estamos falando de um processo construtivo que envolvem vários aspectos”, enfatiza.

A situação financeira dos clubes encurtou ainda mais o “gargalo” em relação às divisões de base. “É fato que muitos clubes vivem momento financeiro complicado e concentram as suas ações na parte profissional e a base fica aí para planos inferiores. Muitos até já estão deixando de lado a base, um quadro muito difícil até porque como já falei, quando o assunto é base envolvem outras nuances que encarecem o processo. Nessa situação, as escolinhas e projetos oriundos de periferia podem encontrar ainda mais barreiras para cumprirem seus objetivos”, declara Jaderson Barbosa. “Os clubes vão buscar atletas vindos de projetos ou escolinhas qualificadas com profissionais que buscam se reciclar a todo o tempo, as exigências serão cada vez maiores e isso pode inviabilizar o trabalho de muita gente”, complementa.

POLÌTICAS PÚBLICAS

Para Jaderson Barbosa apostar em políticas públicas seria uma saída para a retomada de projetos de base. “É uma questão que cabe mais aos poderes públicos, apostar nessa política, porém da forma correta: dando condições estruturais, tanto físicas com equipamentos adequados, como intelectuais trazendo pessoas do universo acadêmico para estarem à frente de projetos de captação e revelação de novos valores”, analisa.

O professor acredita que um começo para a mudança de pensamento e a possibilidade da criação de políticas são ações promovidas pelo Município que incentivam a pratica de atividades esportivas. “Já tivemos algumas ações como o fechamento de ruas para a prática esportiva e o que esperamos é que essas práticas sejam ampliadas com políticas públicas que consolidem e fortaleçam não só futebol, mas outras modalidades esportivas na cidade revelando diversos talentos para o esporte”, afirmou Jaderson Barbosa.

Por Cristiano Alves com informações de Miro Nascimento

Foto – Divulgação

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