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Ednaldo pretende valorizar clubes, federações e evitar interferências externas na CBF

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Ainda sob protestos e ameaça de intervenção judicial, Edinaldo Rodrigues Gomes, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele, com o afastamento do então presidente Rogério Caboclo, comandava de forma interina a entidade e agora foi eleito para um mandato quatro anos, com direito a mais uma reeleição.

A eleição aconteceu na sede da entidade no Rio de Janeiro e teve apenas uma chapa encabeçada pelo próprio Edinaldo Rodrigues, que obteve 137 dos 141 votos possíveis. O dirigente classificou o resultado como um triunfo democrático. “Foram nove meses de injúrias e infâmias. Hoje a democracia venceu. Sofri todo tipo de preconceito. Tive telefone e e-mail violados. Mas procurei resistir. O preconceito por ser do nordeste, baiano, do interior, por ser negro”, afirmou Ednaldo após a vitória.

Os seus grandes objetivos são dar voz aos clubes e federações estaduais, além de evitar interferências externas na administração da CBF. “Os clubes e federações disseram não aos preconceitos. Quero pedir que essa entidade seja dos filiados, dos clubes, do futebol brasileiro. E que nenhuma interferência externa possa subjugar esse trabalho, por esse decidido não ao preconceito. Juntos vamos construir um futebol de pureza, transparência. Que os clubes tenham voz e não só voto. E que as federações possam botar seu nome pela modernidade do futebol brasileiro”, afirmou.

Ednaldo também fez menção à proposta de liga de clubes que vem sendo debatida nos últimos meses. Ele se mostrou favorável. “Por que o Brasil nunca teve uma liga? Ela vai unir, dar mais condições ao futebol brasileiro”, disse ao fim do discurso, aplaudido por presidentes dos clubes.

Todos os clubes da série A marcaram presença e votaram. Da Série B, apenas a Ponte Preta não votou por uma irregularidade na procuração do representante. O Cruzeiro teve o presidente Sérgio Santos Rodrigues e Gabriel Lima, CEO de Ronaldo na SAF.

Foram 26 votos de Federações. A Alagoana não compareceu. Todos os votos foram na chapa única, com peso 3, totalizando 78. A eleição teve ainda 20 votos dos clubes da Série A, com peso 2 (total de 40). Mais 19 da dos clubes da Série B, que não tiveram a Ponte Preta, com peso 1.

PROTESTO

A eleição teve início por volta de 11h, após embate entre membros da Comissão Eleitoral e o vice-presidente Gustavo Feijó, que se sentou na cadeira destinada ao futuro mandatário em protesto contra a votação. “A Comissão Eleitoral não está cumprindo a decisão do Judiciário. Primeiro teve decisão do Ministro que não foi cumprida. Agora decisão do Juiz. Será que a casa vai seguir descumprindo o código de ética, o estatuto e a Lei Pelé? Inaceitável uma casa como essa seguir aparecendo nas páginas policiais”, afirmou Gustavo Feijó após não resistir mais. “Estou discutindo meu mandato. Presidente interino da casa fez acordo com o MP. Eu fiz uma apelação ao STJ, reclamação ao Tribunal de Justiça do Rio e uma outra em Alagoas, foro onde tenho moradia. Há muitas situações que podem voltar a anular a eleição. É uma gestão temerária, perigosa, tenho certeza que a justiça irá tirar esse cidadão dessa casa”, completou.

Na véspera, a Justiça de Alagoas determinou a suspensão do pleito, mas tudo transcorreu normalmente. A Comissão Eleitoral da CBF alegou que não foi notificada oficialmente pela Justiça e que se baseia no acordo com o Ministério Público homologado pela Justiça do Rio para seguir com o processo. Na CBF, Feijó ocupa o cargo de diretor de seleções e trabalha junto com a comissão técnica de Tite na preparação da equipe para a disputa da Copa do Mundo.

Por Cristiano Alves com informações de O Globo

Foto:: Lucas Figueredo/CBF

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